Monark do Flow Podcast defende existência de partido nazista

O caso aconteceu durante a transmissão do podcast nesta segunda, 7, que teve a participação dos deputados federais Kim Kataguiri e Tabata Amaral

12:19 | Fev. 08, 2022

Por: Ana Flávia Marques
Durante episódio do Flow Podcast, Monark defende que a lei permita existência de partido nazista (foto: Reprodução/Youtube)

Nesta segunda-feira, 7 de janeiro, o Flow Podcast recebeu os deputados federais Kim Kataguiri e Tabata Amaral. Durante a conversa, os convidados juntamente com os apresentadores Monark e Igor Coelho falaram sobre regimes autoritários. No entanto, Monark defendeu a existência de partido nazista no Brasil e foi muito criticado nas redes sociais.

O tema surgiu em meio uma das perguntas feitas pelo público, quando um telespectador questionou a Kataguiri sobre regimes comunistas. Com isso, as pessoas presentes começaram a debater sobre autoritarismo, mencionando regimes comunistas e também fascistas. Foi então que Monark declarou: "Eu acho que tinha que ter partido nazista reconhecido pela lei".

A deputada Tabata Amaral discordou. "Liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca a vida do outro em risco", afirmou. "As pessoas não têm direito de ser idiotas?", rebateu Monark. "O nazismo é contra a população judaica. Isso coloca uma população inteira em risco", alertou Tabata. "De que forma? Quando é uma minoria não põe", questionou o apresentador. "De que forma? Vamos falar de holocausto?", lembrou a deputada.

Monark continuou defendendo a existência de um partido nazista. "Eu acho que dentro da expressão a gente tem que liberar tudo", declarou. “Se um cara quisesse ser anti-judeu, eu acho que ele tinha o direito de ser”, defendeu. "Questionar é sempre válido", continuou. "Questionar a existência de ninguém é válido", rebateu Tabata. "Eu acho que você pode questionar o que você quiser, desde que você não fira ninguém", disse Monark.

O deputado Kim Kataguiri também comentou. "O que eu defendo e acredito que o Monark também defenda é que, por mais absurdo, idiota, antidemocrático, bizarro, tosco que o sujeito defenda, isso não deve ser crime, porque a melhor maneira de você reprimir uma ideia antidemocrática, bizarra, tosca e discriminatória é você dando luz aquela ideia para que ela seja rechaçada socialmente e então rejeitada", afirmou. "Desde que ela não fira a existência de ninguém", defendeu Tabata. "Como uma opinião fere a existência de alguém?", discordou Monark, afirmando que o holocausto não aconteceu por causa de opinião. "Você não conhece nada da história do nazismo", conclui Tabata.

Após a repercussão da conversa, a página "Judeus pela Democracia" se pronunciou no Twitter. "Ideologias que visam a eliminação de outros têm que ser proibidas. Racismo e perseguições a quaisquer identidades não são liberdade de expressão", declarou. "Um detalhe: nazismo é contra a existência não só de judeus, mas de todos os 'diferentes'", ressaltou.

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