Maria Rita recusa comparações com Elis Regina: "Não quero ser igual"
A cantora também comentou que não tem lembranças de sua mãe nem "cresceu com YouTube" e, por isso, não poderia imitá-laA cantora e compositora Maria Rita publicou no Twitter um desabafo a respeito das comparações e críticas que recebe por ter gravado um álbum em homenagem à também cantora - e sua mãe - Elis Regina em 2012. Em uma série de postagens na rede social, ela comentou sobre os motivos do seu desejo de não ser comparada à artista e pediu o fim dos ataques que sofre.
“Não querer que me comparem tinha - e tem - dois principais motivos: primeiro, ser eu, ser livre para cometer meus erros e ter minhas conquistas, escrever uma história distinta à dela; segundo, ninguém se compara à incomparável. Ninguém”, iniciou seu argumento. Ela continuou: “Outro lance que eu fico… é esse de exaltarem a mãe a partir de ataques à filha. Mano, faz isso não. É feio. Ninguém gostaria de passar por isso - principalmente uma mãe”.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Maria Rita também aproveitou o espaço para dizer que nunca desejou ser igual à sua mãe e ressaltou que suas interpretações musicais são diferentes. Além disso, comentou que não tem lembranças de sua mãe nem “cresceu com YouTube”, por isso não poderia imitá-la. “Quando eu subo em um palco, eu só penso naquele momento, em sobreviver. Foco na canção. Não penso nela e em ninguém”, acrescentou.
A cantora exaltou sua carreira e disse que só deseja “buscar alguma paz dentro desse cenário onde a Elis é de todos, mas a mãe é minha”. Por fim, Maria Rita pediu mais respeito à sua mãe: “Amadurece aí, porque minha mãe não merece esse nhem-nhem-nhem, não — e honestamente, nem eu”.
Confira na íntegra o texto da publicação:
"Acho curioso quando dizem que têm ranço de mim porque eu dizia que não gostaria que me comparassem à minha mãe (no início da minha carreira), mas gravei um disco/dvd em homenagem a ela (10 anos depois).
Não querer que me comparem tinha — e tem — dois principais motivos: 1. ser eu, ser livre pra cometer meus erros e ter minhas conquistas, escrever uma história distinta à dela. 2. Ninguém se compara à incomparável. Ninguém.
Outro lance que eu fico... é esse lance de exaltarem a mãe a partir de ataques à filha. Mano, faz isso não. É feio. Ninguém gostaria de passar por isso — principalmente uma mãe. A não ser que a mãe fosse meio psicopata, que DEFINITIVAMENTE não era o caso de minha mãe. Me deixa.
E sim: minha voz é mais grave e mais “suave”. Eu sou alto/contralto, minha mãe alto/soprano. Vale dar uma estudada pra entender que, por causa disso, nossas extensões são diferentes. (Mas tem maestro que diz que minha extensão é incrível…)
Pr’além disso: não, nossas interpretações não são iguais. E sim: as dela são e sempre serão infinitamente melhores — do que de quaisquer cantoras. Não só euzinha aqui. Né?
E não: eu não a imito. 1. Eu NÃO LEMBRO DE MINHA MÃE. Zero. Zero lembrança. 2. Eu não cresci com youtube. Não tinham documentários. Então não a imito. 3. Quando eu subo num palco, eu SÓ PENSO naquele momento, em SOBREVIVER. foco na canção. Não penso nela. E nem em ninguém.
E pra terminar: não, eu não quero ser igual à minha mãe. Eu só quero buscar alguma paz dentro desse cenário onde a Elis é de todos, mas a mãe é minha. Aliviem, vai. Já tenho 20 anos de carreira, 8 grammys, sei lá quantas turnês pelo país e o mundo…
Mas se quisesse: MINHA MÃE ERA F***! E eu estaria bem no meu direito de me inspirar nessa mulher incrível… meu direito e minha honra. Esse legado dela é o maior presente que ela me deixou.
E prestenção: amadurece aí, porque minha mãe não merece esse nhem-nhem-nhem, não — e honestamente, nem eu. Nossa história, a minha e a dela, é tão mais maneira que isso… Ela me amava loucamente, quase pirou quando eu nasci, dizia que eu era a companheira dela… Amor de mãe!
Ps: e eu acho que eu canto para c*****o!!! Mas não chego aos pés de dona Elis. MAS E QUEM CHEGA???""