Chorão se endividou para adquirir direitos do Charlie Brown Jr, diz filho

Em entrevista ao portal G1, o filho de Chorão, Alexandre Abrão, contou sobre dívida "impagável" deixada pelo pai e sua relação conturbada com os guitarristas do Charlie Brown Jr. Saiba mais

O cantor e compositor Chorão morreu na madrugada de 6 de março de 2013, em seu apartamento no bairro de Pinheiros, em São Paulo, vítima de uma overdose de cocaína. Após sua morte, quem assumiu parte dos negócios relacionados à banda Charlie Brown Jr, em que Chorão atuou como vocalista, foi seu filho, Alexandre Abrão. Porém, a tarefa não é fácil, segundo relatou o descendente em entrevista ao portal G1.

Em 2005, Chorão fez uma dívida “impagável” como forma de levantar fundos para comprar dos outros músicos os direitos da banda. O débito continua sendo pago até hoje, contou Alexandre, porque “retém os direitos artísticos”. Seu pai queria seguir carreira solo naquele ano, mas foi impedido por sua gravadora, a EMI Music. “Tu é o Charlie Brown, não é o Chorão”, ele foi relembrado.

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Um dos desafios mais recentes para o filho de Chorão tem sido sua relação com os outros integrantes do Charlie Brown Jr. Os guitarristas Marcão e Thiago Castranho saíram de projetos envolvendo a antiga banda, tentaram registrar marcas com o nome do grupo e chegaram a abrir processo na Justiça sem conversar antes, disse Alexandre.

Foi neste ano que os dois artistas cortaram de vez relações com o filho de Chorão. Pouco depois, os dois divulgaram notas sobre o acontecimento. “Infelizmente, o ego, a vaidade e a ganância falaram mais alto que uma parceria coerente e honesta”, escreveram. Alexandre relatou que, em 2016, Thiago o trancou em um banheiro, colocou o dedo em seu rosto e disse: “Vou tirar o nome do Charlie Brown de você”. A ameaça aconteceu, na visão de Alexandre, após o guitarrista saber que a turnê dos ex-integrantes do Legião Urbana ter sido bem sucedida sem o envolvimento do filho de Renato Russo.

Alexandre diz se sentir honrado de cuidar do trabalho do pai, mesmo em meio a essas situações negativas, que acabaram se tornando um fardo. Ele faz acompanhamento psicológico desde 2013, quando Chorão morreu. O trabalho também toma seu tempo: “Hoje eu fico praticamente 100% do tempo focado no Charlie Brown. É 24 horas por dia, 7 dias por semana, não tenho feriado nem final de semana. Como a gente lida com entretenimento, música, vídeo, rede social, é sempre uma coisa madrugada adentro e de manhã cedo continua”.

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