Maria Bethânia é eleita imortal na Academia de Letras da Bahia
A cantora baiana se tornou a oitava mulher em uma das 40 cadeiras da Academia na atual configuração. Maria Bethânia Teles Veloso, de 75 anos, tem mais de 55 anos de carreira na música
22:59 | Out. 11, 2021
A cantora Maria Bethânia foi eleita como a nova imortal para a Cadeira 18 da Academia de Letras da Bahia (ALB) nesta segunda-feira, 11 de outubro (11/10). A nova integrante acadêmica será a 5ª titular da cadeira cujo patrono é o advogado Zacarias de Góes e Vasconcelos. O último ocupante foi o historiador, ensaísta e professor Waldir Freitas Oliveira, que morreu no último dia 17 de junho, aos 92 anos.
Apesar de Bethânia não ter uma produção literária de destaque, a cantora santo-amarense possui uma longa e relevante carreira na música, além de uma ligação com a literatura, especialmente com a poesia. A ALB justificou a decisão ressaltando o fato de a cantora ser uma defensora das letras, e divulgar em seus espetáculos as obras de nomes como Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Sophia de Mello Breyner Andresen, Guimarães Rosa entre outros.
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Maria Bethânia possui poucos registros literários, mas escreveu e divulgou textos de sua própria autoria, como "Omara & Bethânia - Cuba & Bahia", livro que acompanhou o DVD de mesmo nome, que registrou o encontro da baiana com a cantora cubana Omara Portuondo. Composições também fazem parte de seu acervo cultural como Trampolim, Luz da Noite, Pássaro Proibido e Caras e Bocas, todas em parceria com o irmão Caetano Veloso.
A tradição nas academias de letras do mundo é receber não apenas escritores, mas também nomes representativos da cultura. Maria Bethânia Teles Veloso, de 75 anos, tem mais de 55 anos de carreira na música e será a oitava mulher em uma das 40 cadeiras da Academia na atual configuração.