Minimuseu Firmeza vende peças do artista Estrigas para arrecadar verbas

Obras do artista plástico Estrigas, um dos fundadores do espaço, estão disponíveis para o público

Há mais de 50 anos, o Minimuseu Firmeza se constitui como um dos principais espaços culturais, artísticos e ecológicos do Ceará. Fundado em 1969 pelos artistas plásticos Nice e Nilo Firmeza - que adotou o apelido de Estrigas -, o lugar oferece diversas perspectivas de manifestações da arte. O local está fechado desde 2020 e tem abertura gradual prevista para o início de setembro com o projeto “Armarinho da Nice”.

Com o tempo de inatividade, a escassez de orçamento afetou necessidades básicas e emergenciais. Para reverter a situação, a família de Estrigas disponibilizou para venda peças da última coleção de aquarela produzida pelo artista. O preço médio é de R$ 2.000 por obra e o valor será utilizado para a manutenção da casa, como contas de água e de luz, além de investimento na segurança.

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Em paralelo ao trabalho como colaborador de revistas especializadas e jornais de Fortaleza, Estrigas atuou na área de odontologia. Ele foi ativo no movimento das artes plásticas e expôs suas obras em grandes acervos nacionais. O conjunto de feitos do pintor e ilustrador compõem a seleção do Minimuseu, localizado na antiga residência de Nice e Nilo, no bairro Mondubim, em Fortaleza. Entre os demais artigos, é possível encontrar nomes renomados, como Mário Baratta, Antônio Bandeira, Raimundo Cela e Aldemir Martins.

“Sem apoio direto do Estado e da Prefeitura de Fortaleza, se mantendo apenas com recursos dos editais, a situação vem se agravando ao longo do tempo”, explica a historiadora do museu, Paula Machado. Ela relata que outra parcela do investimento vem dos familiares. “No momento, o Minimuseu tem apenas um projeto para ser executado e dispõe de recursos para permanecer aberto, no máximo, até novembro”, explica.

A proposta em questão é a exposição “Armarinho da Nice”, iniciativa que envolve arte, cultura e empreendedorismo, planejada para ser executada entre setembro e novembro. Através de recursos do VIII Edital das Artes da Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor), serão confeccionadas peças inspiradas nos bordados de Nice. “O projeto é coordenado pela professora e bordadeira Lúcia Ferreira e realizado com mulheres das comunidades do entorno do museu”, detalha Paula.

Dos atrativos da casa, Paula destaca as exposições “Arte e História”, “Arte e Afeto” e “Nice e Estrigas”. Outros atributos são o vasto acervo documental, útil em fontes de pesquisa para estudiosos da história da arte do Ceará, além do roteiro expositivo onde o visitante pode fazer uma imersão no cotidiano do casal de artistas. Para a historiadora, “fechar as portas do Minimuseu representa uma perda irreparável para a sociedade cearense”.

Mais informações sobre as obras: Através do número (85) 99989 4009

Minimuseu Firmeza
Onde: Via Férrea, 259, Mondubim
Mais informações: No site, @minimuseufirmeza no Instagram ou (85) 9959 2786

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