Selo de Babu Santana lança "Me Falta Ar", single que critica Bolsonaro

A letra de "Me Falta ar" também faz críticas ao racismo e cita George Floyd, que foi assassinado por um policial no ano passado. O single está sendo lançado pelo selo de Babu Santana, o Paizão Record

Nesta terça, 29 de junho, o selo musical de Babu Santana, o Paizão records, lança o single "Me Falta Ar", um rap sobre a opressão da população preta e com críticas ao Governo Bolsonaro e sua postura durante a pandemia de Covid-19. A letra foi composta e é interpretada pela dupla Kowl e Manuh Silva, e foi compartilhada com o portal Splash.

Alexandre da Silva Santana, conhecido como Babu Santana, é ator e cantor, conhecido pela sua atuação como Tim Maia e pela sua participação no Big Brother Brasil em 2020. Durante o reality, o artista levantou debates sobre racismo e agora dá continuidade às discussões por meio da música.

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Na letra, a dupla menciona o assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos, a falta de oxigênio em Manaus e cita diversas comunidades brasileiras que lidam com a violência. "A população é quem paga o preço", diz em um dos trechos da música ao falar sobre a irresponsabilidades de políticos. "De ternos fardados / Roubando / Matando bilhões", canta se referindo aos candidatos eleitos.

Confira a letra completa:

Me Falta Ar

Autores: Manuh e Kowl

 

Agora opressor

Se deixado guiar

Com coração

Cheio de rancor

 

Candidatos

Tão perfeitos

Por dentro

Só imperfeição

Manipulando o povo

 

Com sua conversação

Sem prefeito

Que só faz mal feito

E a população

É quem paga o preço

 

Por culpa de tanta

Corrupção

Ação que eles dizem fazer

E o povo quem

Sofre sem ter o que comer

 

Lamentável

Quantos vi se perder

O mundo tá cheio disso

De pessoas facínoras

Que só funcionam

 

Em função de grana

Enquanto rico esbanja

Outros fazem a grama

De cama

Ficando sem opção

 

E o sistema sem saber

Cria mais um vilão

Com cano na mão

Longe do campo de visão

 

Só observando

Os movimentos

Moleque que antes

Não era conhecido

Hoje procurado

Como assassino

 

Antes oprimido

Agora opressor

Se deixando guiar

Com coração

Cheio de rancor

 

E no final das contas

Mais um inocente

Apago pago

Com a própria vida

 

O resultado de tanta

Negligência

São os menores de 15

Envolvidos na violência

 

Com sangue nos olhos

Tocando terror

Por entre as avenidas

A vida se resume

 

Em segundo milésimos

Centésimos

Mas pra cada um

A vida tem seu valor

 

Ela caminha junto

Com o tempo

O tempo todo

Alguns nem viu

Porque piscou

 

Refrão:

De ternos fardados

Roubando

Matando bilhões (2×)

 

Me falta ar

Mas eu não tô tão mal

Quanto as pessoas que sobrevivem

Lá em Manaus

Lá em Belém também

Amazonas

Tá em todo lugar

Tipo George Floyd

 

Me falta

SP

RJ

CDD

PPG

Rocinha

Jaca e Arara

 

Me falta ar

 

Enquanto o mito ataca quem quer ajudar

 

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