Selo de Babu Santana lança "Me Falta Ar", single que critica Bolsonaro
A letra de "Me Falta ar" também faz críticas ao racismo e cita George Floyd, que foi assassinado por um policial no ano passado. O single está sendo lançado pelo selo de Babu Santana, o Paizão Record
10:07 | Jun. 28, 2021
Nesta terça, 29 de junho, o selo musical de Babu Santana, o Paizão records, lança o single "Me Falta Ar", um rap sobre a opressão da população preta e com críticas ao Governo Bolsonaro e sua postura durante a pandemia de Covid-19. A letra foi composta e é interpretada pela dupla Kowl e Manuh Silva, e foi compartilhada com o portal Splash.
Alexandre da Silva Santana, conhecido como Babu Santana, é ator e cantor, conhecido pela sua atuação como Tim Maia e pela sua participação no Big Brother Brasil em 2020. Durante o reality, o artista levantou debates sobre racismo e agora dá continuidade às discussões por meio da música.
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Na letra, a dupla menciona o assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos, a falta de oxigênio em Manaus e cita diversas comunidades brasileiras que lidam com a violência. "A população é quem paga o preço", diz em um dos trechos da música ao falar sobre a irresponsabilidades de políticos. "De ternos fardados / Roubando / Matando bilhões", canta se referindo aos candidatos eleitos.
Confira a letra completa:
Me Falta Ar
Autores: Manuh e Kowl
Agora opressor
Se deixado guiar
Com coração
Cheio de rancor
Candidatos
Tão perfeitos
Por dentro
Só imperfeição
Manipulando o povo
Com sua conversação
Sem prefeito
Que só faz mal feito
E a população
É quem paga o preço
Por culpa de tanta
Corrupção
Ação que eles dizem fazer
E o povo quem
Sofre sem ter o que comer
Lamentável
Quantos vi se perder
O mundo tá cheio disso
De pessoas facínoras
Que só funcionam
Em função de grana
Enquanto rico esbanja
Outros fazem a grama
De cama
Ficando sem opção
E o sistema sem saber
Cria mais um vilão
Com cano na mão
Longe do campo de visão
Só observando
Os movimentos
Moleque que antes
Não era conhecido
Hoje procurado
Como assassino
Antes oprimido
Agora opressor
Se deixando guiar
Com coração
Cheio de rancor
E no final das contas
Mais um inocente
Apago pago
Com a própria vida
O resultado de tanta
Negligência
São os menores de 15
Envolvidos na violência
Com sangue nos olhos
Tocando terror
Por entre as avenidas
A vida se resume
Em segundo milésimos
Centésimos
Mas pra cada um
A vida tem seu valor
Ela caminha junto
Com o tempo
O tempo todo
Alguns nem viu
Porque piscou
Refrão:
De ternos fardados
Roubando
Matando bilhões (2×)
Me falta ar
Mas eu não tô tão mal
Quanto as pessoas que sobrevivem
Lá em Manaus
Lá em Belém também
Amazonas
Tá em todo lugar
Tipo George Floyd
Me falta
SP
RJ
CDD
PPG
Rocinha
Jaca e Arara
Me falta ar
Enquanto o mito ataca quem quer ajudar
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