"Os 7 de Chicago" e Chadwick Boseman vencem o SAG Awards e reforçam chances no Oscar
A premiação do sindicato de atores dos Estados Unidos é tida como um bom termômetro para o Oscar. Viola Davis e Daniel Kaluuya também foram premiados
16:28 | Abr. 05, 2021
"Os 7 de Chicago", de Aaron Sorkin, venceu neste domingo, 4, a categoria de melhor elenco e Chadwick Boseman recebeu a título póstumo o prêmio de melhor ator no SAG Awards, a premiação do sindicato de atores dos Estados Unidos, uma boa indicação para o Oscar.
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"Nós precisamos de líderes para nos guiar na direção de nos odiarmos menos", disse Frank Langella, que interpreta um juiz racista no drama judicial centrado na repressão dos protestos contra a guerra do Vietnã. "Temos uma dívida de agradecimento às vozes dos '7 de Chicago'", completou, em referência aos sete acusados no julgamento de 1969, durante a cerimônia pré-gravada e que durou apenas uma hora devido à pandemia de covid-19.
Chadwick Boseman, protagonista de "Pantera Negra", falecido no ano passado aos 43 anos vítima de câncer, venceu na categoria de melhor ator por "A Voz Suprema do Blues", um drama ambientado na Chicago dos anos 20.
Boseman também está indicado ao Oscar de melhor ator. Apenas dois atores venceram o prêmio da Academia a título póstumo: Peter Finch, por "Rede de Intrigas" (1976), de Sidney Lumet, e Heath Ledger, por "Batman: O Cavaleiro das Trevas" (2008), de Christopher Nolan. Viola Davis venceu o SAG entre as atrizes, também por "A Voz Suprema do Blues".
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A premiação do SAG é considerada um indicador mais confiável das possibilidades de vitória no Oscar, pois os atores constituem o maior grupo de eleitores na Academia.
"Os 7 de Chicago" fortalece as perspectivas para o Oscar
"Os 7 de Chicago" ganhou o maior prêmio no Screen Actors Guild Awards (SAG) nos Estados Unidos, um veredicto que reforça suas perspectivas de entrega do Oscar em 25 de abril. O drama judicial dirigido por Aaron Sorkin e produzido pela Netflix ganhou a prestigiosa distinção de melhor elenco, no domingo, na cerimônia de premiação do SAG, que foi reduzida a uma transmissão virtual de uma hora devido à pandemia da covid-19.
O filme, que conta a história real de sete manifestantes contra a Guerra do Vietnã acusados de incitar um motim na Convenção Nacional Democrata de 1968 em Chicago, é estrelado por Eddie Redmayne, Sacha Baron Cohen, Mark Strong e Frank Langella. Langella, que interpreta o juiz racista do filme, evocou Martin Luther King Jr. ao receber o prêmio.
Outra produção da Netflix, "A Voz Suprema do Blues", sobre uma tensa sessão de gravação da popular cantora Gertrude "Ma" Rainey e sua banda na década de 1920, levou para casa os prêmios de melhor ator e atriz, respectivamente concedidos ao falecido Chadwick Boseman e Viola Davis.
Em um ano em que Hollywood promoveu a representação de minorias, a associação dos atores também concedeu o prêmio de melhor ator coadjuvante a Daniel Kaluuya, que no filme "Judas e o Messias Negro" personifica Fred Hampton, o falecido líder da organização política Pantera Negra.
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E "Minari", uma história de imigrantes sul-coreanas ambientada em Arkansas na década de 1980, levou para casa o prêmio de melhor atriz coadjuvante, tornando Yuh-jung Youn a primeira vencedora asiática de um prêmio SAG de atuação individual por um filme.
Nada para "Nomadland"
Os prêmios SAG são vistos como um indicador chave dos vencedores do Oscar, porque os atores constituem o maior bloco de eleitores na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que anualmente premia as estatuetas de ouro.
Embora "Nomadland" continue sendo o favorito para o Oscar de melhor filme este ano, o seu elenco, no qual vários não atores atuam em versões ficcionais de si mesmos, nem mesmo recebeu uma indicação ao SAG. Frances McDormand, única indicada por este filme, perdeu para Davis.
O grande vencedor da noite, "Os 7 de Chicago" é agora o filme com a melhor chance de derrotar "Nomadland" no Oscar, cuja votação começa em 15 de abril.
"The Crown" e "Gambito da Rainha"
Nos prêmio para televisão, a saga real britânica "The Crown" ganhou o prêmio SAG de melhor elenco em drama, e sua estrela Gillian Anderson ganhou o de melhor atriz. Na categoria de comédia, "Schitt's Creek" levou o prêmio de melhor elenco, e Catherine O'Hara de melhor atriz.
O prêmio SAG de melhor comediante foi para Jason Sudeikis por "Ted Lasso" e o prêmio de melhor ator dramático foi para Jason Bateman por "Ozark". Nas séries, Mark Ruffalo e Anya Taylor-Joy replicaram seus triunfos do Globo de Ouro em "I Know This Much is True" e "Gambito da Rainha".
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