Maestro cearense é escolhido para ocupar cadeira na Academia Brasileira de Música

Quatro candidatos disputaram a vaga no primeiro turno. No segundo, a cadeira foi decidida entre o cearense Liduino Pitombeira e o professor e musicólogo Carlos Katter

A Academia Brasileira de Música (ABM) elegeu um novo representante para a cadeira de número 28, cujo patrono é o pianista Ernesto Nazareth: o compositor cearense Liduino Pitombeira. Ele ocupará a cadeira que estava vaga desde 2019, ano em que o seu último ocupante, o musicólogo gaúcho Flávio Silva, faleceu. O anúncio da escolha foi feito no último dia 22.

Quatro candidatos disputaram a vaga no primeiro turno e, no segundo, a cadeira foi decidida entre Liduino e o professor e musicólogo Carlos Katter. Devido à pandemia, a apuração foi adiada, já que as atividades da Academia foram suspensas a partir de março do ano passado. Entretanto, a agenda foi retomada no último dia 21 e contou com a presença da diretoria da ABM.

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Natural da cidade de Russas, Liduino é atualmente professor de Composição da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos nomes mais relevantes da música contemporânea. Em seu currículo, apresenta marcas importantes, como sua atuação como doutor em Composição e Teoria e como mestre em Composição pela Louisiana State University, nos Estados Unidos.

Seu interesse pela música começou quando tinha 11 anos de idade, em 1974, a partir do seu contato com o violão. Liduino integrou o grupo de música da igreja matriz sob a coordenação do pianista e organista Cônego Pedro de Alcântara Araújo. Por volta de 1982, iniciou seus estudos de harmonia com Vanda Ribeiro Costa, que o levaram a um maior aprofundamento na área da composição. Em 1986, atuou na fundação do grupo de música de câmara do Ceará Syntagma. O músico também chegou a desempenhar a função de consultor de música da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult).

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As obras desenvolvidas por Pitombeira já foram executadas tanto no Brasil quanto no exterior. Como exemplos, as iniciativas do Quinteto de Sopros da Filarmônica de Berlim, na Alemanha, da Louisiana Sinfonietta e do New York University New Music Trio, nos Estados Unidos, e a Orquestra Filarmônica de Poznan, na Polônia.

Além disso, o cearense conquistou importantes premiações de composição no Brasil, como o primeiro prêmio no Concurso de Composição "Sinfonia dos 500 Anos" e o primeiro no I Concurso Nacional Camargo Guarnieri, com a obra “Suite Guarnieri”. Nos Estados Unidos, recebeu, em 2004, o prêmio de compositor do ano no “2003 MTNA-Shepherd Distinguished Composer of the Year” por seu trabalho "Brazilian Landscapes No.1".

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Em 2019, Liduino foi agraciado com a Medalha Villa-Lobos, concedido pela Academia Brasileira de Música. O compositor também desenvolve artigos científicos sobre composição e teoria e pesquisas como membro do grupo MusMat da UFRJ. A presença na ABM será oficializada ainda neste ano.

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