Nicette Bruno participou do primeiro Festival Vida&Arte, há quase 20 anos; relembre trajetória da atriz

Intérprete de Dona Benta, atriz veio acompanhada da turma do "Sítio do Pica-pau Amarelo. Momento ocorreu no início dos anos 2000

A atriz Nicette Bruno, que faleceu neste domingo, 20, por complicações da Covid-19, foi uma das atrações do primeiro Festival Vida&Arte, realizado pelo O POVO. Em 2003, ela veio com a turma do "Sítio do Pica-pau Amarelo", na época, a série era um sucesso das manhãs, na Globo.

"A obra de Monteiro Lobato é tão forte que foi até difícil convencer o público de que os atores do novo Sítio do Pica-pau Amarelo não iriam se vestir de Dona Benta, Emília, Tia Nastácia, Pedrinho e Narizinho", lembra matéria publicada no dia seguinte, no caderno Vida&Arte. A apresentação do grupo - em formato talk show - foi realizada em 19 de janeiro de 2003.

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"Eles estavam ali mesmo era para contar um pouco de sua experiência em fazer papéis tão especiais para crianças, já crescidas ou não", continua a publicação, com um trechos do papo, dito por Nicette.

"Esse personagem é universal. A pesar toda a sua irreverência, a Emília é de grande sabedoria", ressaltou a artista, na roda com os colegas atores. O encontro com o público em Fortaleza ocorreu no Centro de Convenções. Na época, a atriz Isabelle Drumond, presente no evento, era quem dava vida à "boneca de pano". 

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Relembre a trajetória da atriz, uma das pioneiras da televisão brasileira

Nascida Nicete Xavier Miessa, no dia 7 de janeiro de 1933, em Niterói (RJ), a atriz fez sua estreia profissional em 1945, na peça teatral Romeu e Julieta, baseada na obra literária homônima de William Shakespeare.

Filha única da atriz Eleonor Bruno e de Sinésio Campos Xavier, Nicette Bruno casou no dia 26 de fevereiro de 1954, na Igreja Santa Cecília, em São Paulo, com o ator Paulo Goulart, que conheceu dois anos antes, durante a peça Senhorita Minha Mãe, de Louis Verneuil, e com quem teve três filhos, os também atores Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho.

Aos 4 anos de idade, a pequena Nicete Xavier Miessa já declamava e cantava no programa infantil de Alberto Manes, na Rádio Guanabara. Aos 5 anos, começou a estudar piano no Conservatório Nacional e, aos 6 anos, ingressou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Entrou para o grupo de teatro da Associação Cristã de Moços aos 11 anos, passando, depois, pelo Teatro Universitário, de Jerusa Camões, e pelo Teatro do Estudante, dirigido por Pascoal Carlos Magno e Maria Jacintha. Aos 14 anos de idade, já era atriz profissional, contratada pela Companhia Dulcina-Odilon, da atriz Dulcina de Morais. Ficou viúva em 2014, quando o marido morreu de câncer.

Entre os seus trabalhos na televisão destacam-se as novelas Rosa dos Ventos (1973), Éramos Seis (1977), Selva de Pedra (1986), Bebê a Bordo (1988), Rainha da Sucata (1990), Mulheres de Areia (1993), A Próxima Vítima (1995), Alma Gêmea (2005), Sete Pecados (2007), A Vida da Gente (2011), Salve Jorge (2012), Joia Rara (2013), I Love Paraisópolis (2015), Pega Pega (2017), além da série infantil Sítio do Picapau Amarelo (2001/04). Nicette é considerada uma das pioneira da televisão brasileira e referência na história da teledramaturgia nacional.

Com informações da repórter Jully Lourenço, do O POVO, e da Agência Brasil

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