Morre o ator e diretor Cecil Thiré, aos 77 anos, no Rio de Janeiro
Ator ficou conhecido pelos seus papéis em "Roda de Fogo" com o personagem Mário Liberato e em "A Próxima Vítima", como Adalberto
20:37 | Out. 09, 2020
Morreu na manhã desta sexta-feira, 9, o ator Cecil Thiré, aos 77 anos, de causas naturais, enquanto dormia em sua residência no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele lutava há alguns anos contra doença de Parkinson. No meio televisivo, o ator ficou conhecido pelos seus papéis em “Roda de Fogo”, com o personagem de Mário Liberato, em 1987, e Adalberto em “A Próxima Vítima”, de 1995. Cecil também dirigiu obras no cinema e no teatro. As informações são do portal O Globo.
Filho da atriz Tônia Carrero e do artista plástico Carlos Arthur Thiré, Cecil nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de maio de 1943. Assumiu a profissão de ator desde cedo, seguindo a tradição da família. No meio artístico, começou aos 18 anos trabalhando como assistente de direção de Ruy Guerra, no filme "Os Fuzis". Aos 19, dirigiu seu primeiro curta-metragem, "Os Mendigos". Mais tarde, dirigiu filmes como “O Diabo Mora no Sangue”, em 1968, e “O Ibraim do Subúrbio”, em 1976.
O ator Cecil Thiré deixa sete netos e quatro filhos, dos quais três são atores: Luisa, Carlos e Miguel. Luisa Thiré relembra o quanto o pai foi importante para a arte. "Foi professor de muita gente, tanto de cinema quanto de teatro. Que ele descanse, porque ele merece", disse a atriz.
Trajetória na televisão
Na TV, Cecil iniciou seu percurso em 1967, quando atuou em “Angústia de Amar”, na TV Tupi. Na Rede Globo, o ator colecionou mais de 20 novelas e minisséries em seu currículo. Algumas delas foram "Top Model, em 1988, "A Próxima Vítima", em 1995 e "Celebridade", em 2004. Em seu último trabalho na emissora, Cecil adentrou o meio humorístico em 2005, no Zorra Total. O ator também passou pela TV Record, onde permaneceu por seis anos. O seu último trabalho na emissora foi na novela “Máscaras”, em 2012.
Como diretor, Cecil estreou no programa apresentado por Jô Soares, em “Viva o Gordo”, na Globo, entre 1981 e 1987. Comandou ainda episódios de “Você Decide”, em 1992 e “Sassaricando”, em 1987, no qual se dividiu entre ator e diretor.
No teatro, teve sua primeira experiência como diretor em 1971, em "Casa de Bonecas", de Henrik Ibsen. Na sua trajetória, ganhou o extinto Prêmio Molière por sua direção da peça "A Noite dos Campeões", de Jason Miller, em 1975.