Conheça Raulho, streamer cearense do Twitch que trocou Publicidade pela transmissão de jogos online
O Vida & Arte conta a história do cearense Raul Pontes, streamer do Twitch e gamer. Há dois anos, ele deixou a Publicidade para trabalhar transmitindo jogos onlineVocê sabia que hoje em dia existem pessoas que trabalham com vídeo game? Muito diferente do que era pensado há tempos atrás, o universo dos games digitais já é considerado uma profissão, com os números da comunidade crescendo cada vez mais.
Em 2017, a Twitch, principal plataforma de transmissão de jogos de vídeo game, teve aumento de de 67% no número de streamers (como são chamados quem faz as transmissões) cadastrados durante o primeiro trimestre. Em 2019, a Twitch liderou absoluta com 9,3 bilhões de horas assistidas em sua plataforma no mundo inteiro, crescimento de 20% em relação a 2018. O YouTube ficou em um distante segundo lugar, com 2,7 bilhões de horas, aumento de 16%.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Hoje, os streamers ocupam espaço no mercado e ganham cada vez mais notoriedade com o seu trabalho, sendo patrocinados por grandes marcas, jogando campeonatos de jogos e alcançando números recordes de mais de um milhão de espectadores simultâneos.
Desde pequeno, Raul Ponte teve contato com jogos e tecnologia. Ele conta que seu primeiro encontro com um console de vídeo game foi com o Mega Drive, mas que ao longo de sua vida perpassou por muitos outros consoles.
A mudança de hobbie para profissão aconteceu em 7 de julho de 2018, quando fundou seu canal na Twitch e começou a transmitir suas gameplays. Hoje, conhecido como Raulho por sua comunidade, o streamer conta como foi o processo de troca de profissão, de publicitário para streamer.
“A mudança aconteceu porque eu buscava um lugar onde eu pudesse aplicar melhor tanto os conhecimentos que aprendi na faculdade quanto os que aprendi sozinho, com a ajuda da internet. Fazendo lives eu pude ter a liberdade de programação que eu queria e também realizar novas ideias sempre que quiser, o que me serviu tanto pra entender o que dá certo (e dinheiro) quanto o que não funciona pra todo mundo”, explica.
O streamer comenta sobre as dificuldades de se destacar no mercado. “Fazer uma transmissão ao vivo que entretenha os viewers e criar uma comunidade que lhe apoie todo dia com interação e também financeiramente não é uma tarefa que qualquer um faz”, comenta.
“Para não deixar ninguém pensando que essa liberdade não custou caro, queria compartilhar que depois de quase dois anos de lives eu ainda não ganho o mesmo valor financeiro que ganhava antes com meu emprego formal. Mas a indústria está crescendo, muita gente começou a conhecer as plataformas de transmissão ao vivo e várias grandes marcas estão investindo ainda mais em streamers, o que me deixa ainda mais a fim de continuar com o meu sonho”, acrescenta.
Com mais de dois mil seguidores, Raulho explica que para quem deseja começar a "streamar" como profissão deve ter em mente de que esta não é uma tarefa fácil. “Viver criando conteúdo de jogos é o sonho de muita gente (inclusive o meu), mas chegar em um patamar onde você tenha relevância na comunidade e apoio financeiro regular dá bastante trabalho e exige muito esforço”, comenta.
“Você vai ter que abdicar de alguns aniversários, passeios, viagens e inclusive daquele seus finais de semana deitados assistindo série. Isso tudo porque vai estar estudando os próximos lançamentos de jogos, pensando em novos tipos de conteúdo pro seu canal e editando vídeos e fotos pras suas redes sociais. Se no fim vai valer a pena só depende de cada um, na minha opinião. Espero que pra mim dê tudo certo e que eu consiga continuar ganhando grandes amigos e jogando junto com quem me acompanha nas lives”, acrescenta o streamer.
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