Festival Acordes do Amanhã reúne mais de 50 artistas em programação online
Festival Acordes do Amanhã #FicaEmCasa reúne mais de 50 artistas em programação online beneficente. YouTube do O POVO Online será um dos canais de transmissão do evento
19:19 | Jun. 17, 2020
A ideia do futuro da arte e de como estarão as relações humanas após a pandemia do novo coronavírus são dúvidas ainda sem respostas, mas que, felizmente, podem vir sempre conectadas à esperança de dias melhores. E para suportar os tempos de confinamento, a arte por meio da interação digital tem sido refúgio, alento e proposta também para o amanhã.
Na ideia de garantir que haja música e esperança no futuro próximo, o Festival Acordes do Amanhã #FicaEmCasa promove uma série de shows em várias plataformas e canais on-line entre 19 de junho e 22 de julho. Reunindo nomes do cenário nacional como Lenine, Tiê, Mariana Aydar e Chico César, além de 40 artistas cearenses (que serão divulgados na noite de sexta, 19), a proposta do festival é de arrecadar doações para instituições beneficiadas pela campanha Rede do Bem e da Sinfonia do Amanhã. As apresentações já programadas começam amanhã, 19, às 17 horas, e seguem nos domingos nos dias 28 de junho e 5 de julho, às 16 horas, em cinco canais digitais, incluindo o YouTube do O POVO Online.
Com três edições desde 2017, o festival - mesmo não ocorrendo de forma presencial neste ano -, segue com a a proposta de oportunizar encontros e interações. O evento divide as primeiras apresentações a partir de três ideias principais: "Transformação sustentável", que conta com apresentação de Lenine, Mariana Aydar e Tiê; "Só a cultura salva", representada por Margareth Menezes, Mariene de Castro e Almério; e "Como será o amanhã?", que recebe Chico César, Marcelo Jeneci e Bia Ferreira.
"Quando a gente pensou em 'Acordes do Amanhã', foi já pensando nessas possibilidades do encontro e do diálogo. A gente vinha numa rotina maluca, onde a proposta de nos contemplar enquanto humanos e enquanto indivíduos em um coletivo estava sendo atravessada pelas obrigações diárias. A pandemia fez com que a gente tivesse a obrigação de parar. As pessoas vão parar e discutir sobre a cultura e sobre o que será o amanhã", explica Paulo Feitosa, diretor do evento e curador da programação.
Com a proposta de também exaltar a classe artística musical cearense, o festival está selecionando 40 nomes locais para se apresentar entre os dias 22 de junho e 12 de julho em suas próprias redes sociais. "É um olhar do festival para esse cenário de pandemia e como podemos contribuir com o ecossistema dos profissionais da música do Ceará", explica Paulo, que também é responsável pela seleção dos artistas.
Sobre a seleção nacional, o curador reforça que a ideia era escolher nomes que dialogassem com a proposta do festival e que pudessem se comunicar com o público. "Temos a Tiê e Mariana Aydar que falam de costume consciente. O Marcelo Jeneci, que fala exatamente sobre essas relações com os planetas, sobre um futuro melhor. A Bia Ferreira, com letras que discutem empoderamento e ocupação de espaços, o Chico César que tem opiniões sobre coletividade e bem estar. Foi um desenho de programação com artistas que falem dessa discussão que estamos abordando".
Conhecida pela canção "A Noite", a cantora Tiê ressalta que o conteúdo de suas músicas, que permeiam os sentimentos e questões pessoais muitas vezes autobiográficos, conseguem dialogar com o festival por trazerem temáticas que as pessoas compreendem. A cantora destaca a música "Mínimo Maravilhoso" como a que mais pode trazer conforto para as pessoas no momento atual. "Ela fala da chance de aprender coisas novas, de entender o tempo e de que isso é, no mínimo, maravilhoso", explica. Tiê se apresenta no primeiro dia de Festival, junto a Lenine e Mariana Aydar.
Para realizar as doações, o público poderá escanear um QR code que estará disponível na tela durante as lives e que irá direciona-lo para as campanhas "Adote uma comunidade", da Rede do Bem, e "Sinfonia do Amanhã", que apoia instituições de ensino musical.