Governo Federal tenta anular contrato de gestão e fechar Cinemateca, diz colunista
Órgão prometido a Regina Duarte, atriz e ex-secretária da Cultura, Cinemateca Brasileira passa por problemas estruturais, organizacionais e de orçamento
20:15 | Mai. 29, 2020
O contrato da Cinemateca Brasileira, órgão responsável por guardar, preservar e difundir a memória do audiovisual brasileiro e que seria assumido pela ex-secretária da Cultura, a atriz Regina Duarte, corre o risco de ser anulado. A informação é do jornalista Ricardo Feltrin, e teria resultado de uma reunião ocorrida na tarde desta sexta-feira, 29, entre representantes da secretaria especial da Cultura e Audiovisual e da direção da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), gestora do equipamento.
A proposta do governo seria a rescisão do contrato — com validade até 2021 — com a fundação que faz a gestão da Cinemateca. A previsão seria o fechamento do equipamento, bem como a interrupção dos projetos em andamento, o que faria a Fundação demitir cerca de 150 funcionários.
Segundo o colunista, a Acerp rejeitou a proposta e acionou o conselho administrativo para a execução de medidas judiciais. Entre elas, o pagamento de dívida de R$ 11 milhões pelo Governo, ainda referidas a 2019.
Com diversos problemas de estrutura, organização e financeiros, o espaço lançou inclusive um abaixo-assinado em que pede "socorro" por problemas de orçamento. A entidade foi prometida por Jair Bolsonaro a Regina Duarte, em anúncio realizado após sua saída da Secretaria Especial da Cultura. Até o momento, a pasta ainda não anunciou novo titular para a pasta, apesar de rumores sobre a possível indicação do ator Mário Frias.