Festival de Cinema de Cannes busca alternativas para edição 2020 devido à Covid-19

A notícia veio após Emmanuel Macron anunciar que os principais festivais e eventos não acontecerão "pelo menos até meados de julho" na França

O Festival de Cinema de Cannes pode adotar novas "formas" para sua edição de 2020, dada a possibilidade de não ser realizada no final de junho ou no início de julho devido ao novo coronavírus, anunciaram nesta terça-feira, 14, os organizadores do evento.

A notícia veio após o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciar na noite de segunda-feira que os principais festivais e eventos não acontecerão "pelo menos até meados de julho" por causa da pandemia.

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"Agora parece difícil pensar que o Festival de Cannes possa ser organizado este ano em seu formato inicial", afirmaram os responsáveis pelo festival através de um comunicado.

"No entanto, ontem à noite iniciamos várias consultas no mundo profissional na França e no exterior. Elas concordam com o fato de que o Festival de Cannes [...] deve continuar estudando todas as possibilidades que lhe permitem acompanhar o ano de cinema com os filmes em Cannes de uma forma ou de outra", acrescentaram.

Realizado anualmente em maio, o festival atrai 40 mil profissionais e cerca de 200 mil especadores.

Para esta que será 73ª edição do evento, o diretor americano Spike Lee foi escolhido como presidente do júri.

"Os filmes feitos com a intenção de ir a Cannes, já que muitos são feitos e estão em conformidade com o calendário do festival, precisam de uma caixa de ressonância", disse recentemente à AFP Richard Patry, presidente dos gestores de salas de cinema da França.

Organizar o festival "de uma forma ou de outra [...] seria uma forma de fazer renascer o mundo do cinema", acrescentou Patry, membro do conselho de administração de Cannes.

Muitos filmes que seriam lançados no segundo trimestre deste ano foram adiados, como o próximo James Boond e outros sucessos de bilheteria como "Top Gun 2", "Mulan" ou "Mulher Maravilha 1984".

O festival francês já foi cancelado ou interrompido no passado, mas nunca adiado.

O caso mais conhecido foi o da edição de maio de 1968, interrompida por uma revolta dos cineastas, com Jean-Luc Godard e François Truffaut no comando, em apoio ao movimento estudantil e trabalhista da época.

Confira o comunicado (em inglês).

 

 

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