The Witcher entra no catálogo da Netflix; confira crítica
Livro, jogo de videogame e agora série. The Witcher, original Netflix, está disponível no catálogo da plataforma de filmes e séries.
13:48 | Dez. 20, 2019
"The Witcher" é uma série de fantasia baseada em livro de mesmo nome escrito pelo polonês Andrzej Sapkowski. Antes da TV, porém, a história protagonizada pelo mutante Geralt apareceu no mundo dos videogames, o que rendeu à franquia, principalmente, por causa do terceiro jogo, boa repercussão no meio da cultura pop. Os episódios entraram nesta sexta-feira, 20, no catálogo da Netflix.
A série é um apanhado de contos baseados nas andanças de Geralt de Rivia, um caçador de monstros que luta para tentar ser aceito em algum lugar no mundo. Enquanto isso não acontece, o destino o leva por várias missões. A série da Netflix escolhe retratar uma que envolve segredos preciosos, uma poderosa feiticeira e uma jovem princesa. Juntos eles terão que conseguir sobreviver e completar suas missões.
Confira o trailer:
Primeiras impressões
Os primeiros episódios são bem balanceados. Os aspectos mais frenéticos realmente chamam a atenção do olhar e os políticos tem um bom nível de complexidade textual. A ação, o senso constante de aventura e progressão de história são os grandes chamarizes da primeira temporada de "The Witcher".
O episódio inicial não gasta muito tempo explicando o universo, o cenário, apenas vai largando algumas informações, alguns nomes difíceis e várias sugestões quanto sua grandeza. É praticamente uma degustação que deixa claro: o maior (não necessariamente melhor) está por vir.
Geralt é um protagonista que causa curiosidade e rapidamente atinge um bom nível de carisma quando, em texto, explica preferir não seguir o caminho do mal. O dilema, porém, é que o mal teima em procurá-lo. Quanto mais ele tenta se afastar, mais envolto parece estar, ao mesmo tempo que sugere conhecê-lo bem por experiência própria.
Henry Cavill (Geralt) dá a força física necessária para as ações de seu personagem serem críveis (ele foi o Superman, é o mínimo que esperávamos). Sua voz é imponente, o andar é de alguém decidido, que pode resolver qualquer coisa, a qualquer momento, e o olhar, além de misterioso, é de alguém aparentemente cansado de seguir sempre o mesmo caminho. As coreografias de luta são excelentes, sobretudo pelo pouco uso de dublês. Cavill aparece manuseando a espada de frente para os planos, sem truques de fotografia que escondam o ator; é ele quem está ali e isso torna sua atuação muito eficiente.
O cenário, e, principalmente, as possibilidades de história que podem conter ali, agradam bastante. O universo de "The Witcher" é grande. Algumas tramas podem ser mais políticas, outras mais aventurescas e outras podem se entregar perfeitamente à fantasia clássica. Essa pluralidade da história deverá conceder várias temporadas para essa série, tanto que a segunda temporada já foi confirmada antes mesmo da estreia da primeira.
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Curiosidades
Em 1986, o polonês Andrzej Sapkowski enviou um conto chamado "O Bruxo" para um concurso literário da revista Fantastyka. Começa aí a franquia The Witcher. O conto não venceu a disputa, ficando em terceiro lugar
Os livros "O Último Desejo" e "A Espada do Destino" reúnem os demais contos no mesmo universo de "O Bruxo". Em 1994 inicia a saga O Sangue dos Elfos, uma jornada de cinco romances estrelados por Geralt.
Sucesso nos games, "The Witcher" tem o primeiro título lançado em 2007. O jogo é um RPG para PC. Até agora são três jogos, além do primeiro, em 2012 foi lançado Assassins of Kings, seguido por Wild Hunt (2015), escolhido Jogo do Ano quando lançado.
O protagonista é um bruxo, daí o título em inglês. Os bruxos são humanos que passaram por testes químicos quando jovens, fazendo suas forças serem reveladas. Poucos sobrevivem ao Teste das Ervas.