Minissérie "Auto da Compadecida", que deu origem ao filme, vai ser reprisada na Globo

A obra exibida uma única vez em 1999 tem quatro episódios e 1 hora a mais do que o filme

13:43 | Nov. 27, 2019

Grilo e Chicó atravessam o interior do Nordeste sobrevivendo de pequenos golpes, até que seu caminho cruza com o impiedoso cangaceiro Severino de Aracaju (foto: Reprodução/Auto da Compadecida)

Em comemoração aos 20 anos da primeira e única exibição na televisão aberta, a TV Globo vai reapresentar a minissérie “Auto da Compadecida”. A história de João Grilo e Chicó entre o céu, o sertão e o inferno foi ao ar entre 5 e 8 de janeiro de 1999 e da junção dos episódios foi derivado o filme, lançado no ano seguinte. A apresentação seriada da produção traz uma diversidade de novas cenas. O filme tem 1 hora e 44 minutos, enquanto a série, composta de quatro episódios de 45 minutos, chega a 3 horas.

Os episódios voltarão remasterizados e algumas cenas vão receber nova identidade visual, como a sequência em que os amigos João Grilo e Chicó, respectivamente interpretados por Matheus Nachtergaele e Selton Mello, pelejam pela vida junto a Jesus Cristo (Maurício Gonçalves), a Virgem Maria (Fernanda Montenegro) e o Diabo (Luís Melo).

O retorno foi comemorado pela atriz Virgínia Cavendish, que interpretou Dona Rosinha, esposa de Chicó. Em postagem no Instagram, a intérprete publicou uma foto dos bastidores das gravações e afirmou que a reexibição seria em dezembro. Posteriormente, o colunista Flávio Ricco do portal UOL apontou que a emissora decidiu como data de reestreia o dia 7 de janeiro de 2020, logo após a novela “Amor de Mãe”.

 

 

 

 

 

 

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Virginia Cavendish (@virginiacavendish) em

A obra inspirada no texto teatral homônimo do dramaturgo paraibano Ariano Suassuna foi adaptada por Guel Arraes, responsável na década seguinte por obras como “Lisbela e o Prisioneiro” e “O Bem-Amado”. O enredo acompanha as desventuras dos dois amigos para sobreviver em um Nordeste severo, mas bem-humorado, onde a fé e a paixão descabida dividem o sertão com a superstição e o cangaço. Grilo e Chicó atravessam a região sobrevivendo de pequenos golpes, até que seu caminho cruza com o impiedoso cangaceiro Severino de Aracaju (Marco Nanini).

À época do lançamento, no ano 2000, o filme foi a segunda melhor bilheteria do País nos cinemas. Hoje, figura como a centésima produção nacional mais assistida, com mais de 2 milhões de espectadores, segundo levantamento do site especializado Filme B.