"O amor de todo mundo para mudar o mundo": conheça o Templo da Poesia na Bienal do Livro

Quando o poeta Reginaldo Figueiredo começa a falar, o mundo ao redor fica mais calmo. Um dos articuladores do coletivo Templo da Poesia, ele é o responsável por comandar o sarau de mesmo nome que está sendo apresentado na programação da XIII Bienal Internacional do Livro do Ceará. Poemas, cantorias, interações e até lágrimas fazem parte da intervenção artística. O sarau será apresentado para jovens estudantes que visitam a bienal.

Ao lado de Reginaldo estão Ana Lourdes, Carlos Amaro, Jadiel Lima e Italo Rovere. Eles integram o coletivo que atua na disseminação de poesia há mais de dez anos em Fortaleza e Região Metropolitana. Atualmente, o grupo de poetas reside em Maranguape, no sítio denominado Vila dos Poetas. É lá que eles desenvolvem residências artísticas, trabalham em eventos literários, recebem escolas e empresas - além de, claro, produzir os próprios livros.

A história do Templo da Poesia com a Bienal Internacional do Livro do Ceará não é de hoje. Em edições passadas, o mesmo grupo de artistas promoveu ações como abraços livres e leituras dramáticas - sempre chamando atenção do público presente. Sem recursos para custear um estande oficial, eles ocupavam os espaços vazios e criavam suas sistemáticas poéticas - lançando mão de todos os recursos possíveis para levar a poesia ao maior número possível de pessoas. Essa é a primeira edição na qual os poetas têm um espaço institucionalizado dentro da feira de livros. Lá fazem leituras, apresentam novos poetas e comercializam os próprios livros.

O estande funciona durante todos os dias de bienal, sempre das 9h às 22 horas.

“O amor de todo mundo para mudar o mundo” é um dos trechos do poema de Italo Rovere, um dos mais antigos integrantes do coletivo. A frase, explicou Reginaldo durante os saraus, tem norteado a sistemática do grupo. “E para mudar o mundo, o amor de todo mundo”, finaliza Reginaldo entre aplausos dos estudantes.

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