Modelo superesportivo da Mercedes-Benz faz 70 anos
O 300 SL Coupé é um superesportivo datado de 1954. As portas de abertura para cima se tornaram uma peculiaridade no mundo automotivo
17:58 | Fev. 05, 2024
Em 6 de fevereiro de 1954, há exatos 70 anos, na abertura do Salão Internacional de Automóveis de Nova Iorque, nos Estados Unidos, nascia um dos primeiros superesportivos da Mercedes-Benz: o 300 SL Coupé.
O design exterior do 300 SL remetia ao modelo competição de 1952, de mesmo nome. As vitórias obtidas nas tradicionais corridas de Mille Miglia, Le Mans, Carrera Panamericana estão no DNA dos modelos de produção a partir de 1954.
Uma característica singular eram as portas com abertura em forma de "Asa de Gaivota", algo único em um veículo de produção na época.
As portas exigiram diversas soluções específicas de design e construção. As molas montadas no topo eram discretas, mas essenciais. Elas facilitavam a abertura das portas e as mantinham na posição aberta, alojadas em tubos cromados.
Elas foram inspiradas a partir da versão das pistas (W194). O 300 SL Coupé recebeu seu próprio número de série do modelo: W198.
Uma consequência disso, no entanto, é a inexistência de janelas no modelo de competição, que não podiam ser utilizadas. As janelas retangulares do 300 SL eram removíveis e podiam ser transportadas no porta-malas. Uma alavanca liberava o mecanismo de retenção. O suprimento de ar fresco era, portanto, considerado "tudo ou nada". Também havia pequenas janelas de quartos giratórias para auxiliar na ventilação.
Outro detalhe interessante deste veículo era o design do volante, que podia ser girado para baixo para permitir um acesso mais fácil às pernas ao compartimento para os pés. Uma pequena alavanca no cubo liberava e travava o volante.
Além disso, entrar no Coupé não era uma tarefa fácil. Ao todo, foram produzidas 1.400 unidades do "Asa de Gaivota" (Coupé) entres os anos de 1954 a 1957.
Em 1957, versão "Roadster" é lançada aos clientes e fãs
Em 1957, foi lançada a versão do 300 SL "Roadster". A variante conversível tinha portas com abertura categorizadas como "normais". Para isso, a estrutura foi modificada e rebaixada nos pontos de entrada.
Uma leve pressão na maçaneta externa da porta fazia com que a alça se dobrasse para fora — onde um leve puxão fazia a porta se abrir de forma elegante e aerodinamicamente eficaz.
Os modelos mais atuais da Mercedes-Benz revisitaram este princípio. Atualmente, eles se estendem automaticamente assim que a chave do veículo está nas proximidades e se retraem novamente quando o carro é travado ou sai.
A nova versão chamou a atenção de clientes e fãs ao redor do mundo. Afinal, foi o primeiro automóvel de produção em série do mundo a apresentar um motor de injeção de quatro tempos com injeção direta. Este modelo teve um total de 1.858 fabricações.
Com o incremento, houve o aumento da potência do motor em cerca de 25%, dos 170 hp do modelo de competição para 215 hp. Isto proporcionou uma velocidade máxima de até 250 km/h.
Outras novidades foram o design frontal com uma grande estrela central, o veículo tinha quase distribuição ideal de peso e um inovador motor de seis cilindros.