Robôs e humanos na automatização de tarefas nas fábricas da Nissan

Atualmente, a Nissan possui em suas plantas da Argentina (Córdoba) e do Brasil (Resende, Rio de Janeiro) 208 robôs e 524 veículos autoguiados (AGVs)

00:56 | Dez. 21, 2023

Por: Cristina Brito
Braços gigantes de aço e mãos humanas se intercalam na produção da Nissan (foto: Divulgação)

Braços gigantes de aço e mãos humanas se intercalam na automatização de tarefas na Nissan, otimizando o tempo de produção e o aumentando a segurança nas plantas, não apenas no processo produtivo, mas também nas tarefas dos operários da manufatura.

Esta eficiência foi obtida com a incorporação de robôs que interagem com os humanos. Atualmente, a Nissan possui em suas plantas da Argentina (Córdoba) e do Brasil (Resende, Rio de Janeiro) 208 robôs, 524 veículos autoguiados (AGVs), tablets nos postos de trabalho dos operadores e treinamentos com realidade virtual e impressoras 3D. 

Quais são e como funcionam estas tecnologias?

  • Veículos Guiados Automaticamente (AGVs) são pequenos robôs autoguiados que movimentam carros de peças e plataformas, fazendo com que a operação seja mais segura e silenciosa. Esse sistema também permite flexibilidade para modificações e melhorias. A Nissan conta com 365 AGVs na fábrica Santa Isabel da Argentina e 159 AGVs em Resende.
  • Impressoras 3D para produzir peças, com o objetivo de aumentar a produtividade e oferecer mais segurança e economia na linha. Essas impressoras personalizam as peças de acordo com as necessidades específicas de cada área.
  • Robôs. Tanto em Resende como na Fábrica Santa Isabel, os robôs são utilizados na linha de produção para realizar trabalhos que requerem muita precisão ou podem representar um risco para a segurança ou ergonomia dos colaboradores.

Um dos exemplos é o robô que manipula os tetos dos veículos, que pesam 10 quilos em média. O robô coloca o teto sobre uma plataforma para em seguida montar a peça sobre a carroceria, finalizando a tarefa com a aplicação de 10 pontos de solda. Tudo isso em apenas 85 segundos.

Como resultado, os operários têm um controle mais efetivo dos processos produtivos na área de carroceria da fábrica.

A incorporação dos robôs na área de pintura plástica é outro exemplo de trabalho em equipe com humanos.

O primeiro passo é dado pelos operários nas peças dos veículos, as quais seguem seu trajeto para a aplicação da base.

Os robôs dão cor e personalidade às peças, uma etapa anterior à aplicação do verniz. Estas três etapas de pintura são realizadas em sequência e não é necessário que as peças sequem entre uma aplicação e outra, graças a um sistema automatizado chamado de "3WET" (úmido sobre úmido).

Assim, o processo é mais sustentável, seguro e produtivo, pois permite reduzir o consumo energético e a perda de material.