Renault Megane E-Tech 100% elétrico chega por R$ 279.900; veja fotos

O Megane E-Tech se beneficia de uma plataforma inédita voltada a veículos elétricos, a CMF-EV. Como ele é? Não é gigante. É um SUV compacto. O POVO o guiou em test drive rápido em São Paulo

19:27 | Set. 21, 2023

Por: Jocélio leal
O Megane E-Tech se beneficia de uma plataforma inédita voltada a veículos elétricos, a CMF-EV. (foto: Jocélio Leal / O POVO)

O Renault Megane E-Tech 100% elétrico chega ao mercado por R$ 279.900. Quer brigar no o Yuan Plus da BYD e com o XC40 da Volvo. Mas, sobretudo, mira na imagem de marca. Noutros termos, mostrar do que é capaz, ao exibir design e tecnologia.

O Renault Megane E-Tech era esperado desde o ano passado. Ante o atraso, fica aquela questão: valeu a pena esperar? Vejamos. O crossover elétrico, trazido da França em versão única por cerca de R$ 280 mil, é inferior ao que os franceses encontram. Quanto ao posicionamento, aquilo que foi dito quando do lançamento: declaradamente mira os concorrentes BYD Yuan Plus e o Volvo C40.

Como ele é? Não é gigante. É um SUV compacto. São 4,20 metros de comprimento, 1,51 m de altura, 1,76 m de largura e distância entre-eixos de 2,68 m. O Captur tem 4,38 metros de comprimento, 1,68 m de altura, 1,81 m de largura e idênticos 2,68 metros de entre-eixos. Copmo j;á andaram comparando, é maior do que um Jeep Renegade e menor do que um Toyota Corolla Cross.

O carro é bonito. Disruptivo pq não tem cerimônia de ter jeitão de carro-conceito. A frente dele tem charme, com faróis horizontalizados, completamente integrados à dianteira.Tem luzes de iluminação diurna em LED.
Um dos charmes do modelo está na porta. As maçanetas são embutidas e imperceptíveis até você destravar. Somente assim, elas parecem.

Na traseira, as lanternas horizontais também são de ponta a ponta. A Renault cita um atributo que, a rigor, interessa mais a ela: o novo logotipo Nouvel R. Para o comprador, a vantagem é ter um carro que não se envelhecer no layout do logo.

Na lista de virtudes, o acabamento caprichado, longe de ser espartano. O painel exibe material de boa qualidade, emborrachado. Tem tecidos produzidos a partir de materiais reciclados, também no revestimento dos bancos. O painel digital com tela de 12,3 polegadas e mostradores é bacana. Mas aí vem a frutração de quem viu o modelo europeu: a tela da central multimídia tem nove polegadas. Funciona bem, mas bem aquém das 12 polegadas nos Megane de lá. Havia um em exibição no evento de lançamento. Serviu para atiçar a comparação.

Conforme descrição da fabricante, oferece cavalaria de 220 cv e 30,6 kgfm de torque instantâneo. Sim, lembre-se de que você está em um elétrico. O torque assim exige maturidade.

Segundo a Renault, vai de de 0 a 100 km/h em 7,4 segundos e atinge a velocidade máxima de 160 km/h.O POVO o testou no entorno do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, onde o que menos se pôde medir foi a velocidade. Medimos sim o conforto e a desenvoltura em engarrafamento, aquilo que você também em cidades como Fortaleza, porém, em menor proporção.

A francesa garante autonomia de 337 km. Outra informação oficial: o tempo de recarga de 15% a 80% em 36 minutos, desde que em carregador de 130 kW. Ou uma hora e 50 minutos no wallbox de 22 kW.

O Megane E-Tech se beneficia de uma plataforma inédita voltada a veículos elétricos, a CMF-EV.

“O Megane E-Tech é o primeiro veículo a ser comercializado da fase Renovation aqui no Brasil, que é a segunda fase do plano estratégico mundial Renaulution. É o primeiro veículo que chega com a nova identidade da Renault, refletindo o novo posicionamento da marca no mundo e no Brasil. Com a chegada do Megane E-Tech nós ampliamos a gama Renault E-Tech no País. Nós acreditamos que o E-Tech conecta inovação e tecnologia a um mundo mais sustentável e esta é a nossa visão de futuro na Renault do Brasil”, explica Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.

Com o Megane E-Tech, a Renault avança no seu plano de eletrificação, atuando em um segmento inédito em sua história no Brasil.

O modelo tem na Europa mais de 60 mil emplacamentos e o mercado brasileiro BEV vem registrando crescimento contínuo. Na comparação do primeiro semestre de 2023 com o mesmo período de 2021, o peso desse segmento já é quatro vezes maior.

No Brasil, a Renault comercializa veículos elétricos desde 2013 em projetos de mobilidade em parceria com empresas e, desde 2018, vendidos para o cliente final.

*O jornalista viajou a convite da Renault.

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