A nova fase dos carros elétricos no Brasil
Conforme dados da ABVE, no primeiro semestre deste ano, foram vendidas 26.014 unidades, um aumento de 59% em relação ao mesmo período de 2022. Esses números consolidam o primeiro semestre de 2023 como o melhor da série histórica da ABVEA confirmação da compra da outrora fábrica da Ford pela chinesa BYD em Camaçari (BA) é um motor e tanto para o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e para o posicionamento da montadora chinesa no Brasil. A BYD lançou o hatch médio Dolphin, com um preço de R$ 150 mil e está se preparando para uma nova estreia: o compacto Seagull. Com um preço estimado entre R$ 100 mil e R$ 110 mil, o veículo se pretende o mais acessível do Brasil. Em tempo: pelo segundo mês consecutivo – e o seu segundo de comercialização no Brasil -, o Haval H6 da GWM bateu recorde e foi novamente o híbrido mais vendido no País.
Em junho, foram emplacadas e entregues 969 unidades da linha Haval H6, número ainda maior do que o obtido no mês de maio, o que representa 15,3% de todos os eletrificados do mercado. Com este volume, a linha Haval H6 fica à frente, mais uma vez, do Toyota Corolla Cross híbrido (890 unidades), Toyota Corolla híbrido (626), Caoa Chery Tiggo 5X (525) e Volvo XC60 (392).
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A redução do preço dos automóveis e o aumento dos carregadores públicos e semipúblicos por todo o Brasil - embora ainda em marcha lenta - marcam uma nova fase para a eletromobilidade. Segundo os dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), foram registrados 6.435 emplacamentos em maio deste ano, estabelecendo a maior marca mensal de vendas de veículos leves eletrificados desde o início da série histórica e esse número tende a aumentar para o mês de junho. Com isso, o Brasil ultrapassou a marca de 150 mil veículos elétricos em circulação, chegando a 152.453 em maio.
Conforme dados da ABVE, no primeiro semestre deste ano, foram vendidas 26.014 unidades, um aumento de 59% em relação ao mesmo período de 2022. Esses números consolidam o primeiro semestre de 2023 como o melhor da série histórica da ABVE, evidenciando o crescimento do mercado de carros elétricos no Brasil.
Ricardo David, sócio-diretor da Elev, empresa especializada em soluções para a eletromobilidade, destaca o quanto os dados deixam claro que o Brasil tem o potencial de se tornar um grande símbolo da eletrificação, principalmente considerando a matriz energética limpa. Ele cita também o potencial para a eletrificação das frotas de ônibus.
“Em outros mercados do mundo, principalmente China e Índia, já vemos modelos elétricos sendo vendidos por valores abaixo dos seus concorrentes a combustão. Isso, combinado com o baixo custo de manutenção dos veículos elétricos, é uma verdadeira revolução para a indústria. Também é válido considerar que os fatos recentes dos investimentos na produção de ônibus elétricos pode representar uma economia para os cofres públicos e podem ser um vetor para a diminuição do preço das passagens, principalmente porque os ônibus elétricos podem trazer uma economia de até 70% nos custos operacionais”, afirma.
“O carro elétrico terá a sua popularização quando derrubamos a principal barreira: seu custo de entrada. Pois, o investimento hoje em um automóvel eletrificado representa uma economia, em longo e médio prazo, para os usuários”, completou David. O executivo também reafirma a necessidade de diálogo, principalmente em relação aos condomínios, que precisam determinar questões como ao fornecimento de carregamento e os espaços reservados para os automóveis, como a análise da sua rede de fornecimento de energia.
Além disso, acordos de aproximação com o bloco dos Brics e do Mercosul, principalmente com a modernização da relação entre os países, pode se tornar um grande marco na produção nacional destes automóveis. “Temos que pensar na eletrificação não apenas como algo para fornecer o melhor dos elétricos para o mercado nacional, como uma forma de expansão do leque de produtos oferecidos, pelo Brasil, para o mercado externo. Podemos exportar esses automóveis e assegurar a nossa posição como exportador de ônibus na América do Sul”, completou o executivo.