Pirambu Institute of Technology

O PIT é parte de uma árvore frondosa chamada Pirambu Innovation

Mauro oliveira, o mais marcante professor da minha pregressa vida de profissional de tecnologia, há época chamada “informática”, apontou para uma placa singela na parede e disse que ali seria o PIT (Pirambu Institute of Technology) e sorriu. Para entender o sorriso é preciso que, em inglês, se perceba a semelhança vocálica, com a pitada de ironia que se aproxima do termo MIT (Massachusetts Institute of Technology).

Essa pitada de ironia vem de quem viveu os anos em que nossa trajetória de estado pobre, de famílias pobres, cuja atitude mais surpreendente era migrar para São Paulo, não tornava possível querer vencer aqui no Ceará. Ser um grande escritor, um grande cientista, atleta ou algo que o valha, demandava obrigatoriamente ir embora.

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Hoje, o mundo mudou, as fronteiras, que antes eram delimitadas por muros imagináveis de concreto, ficaram enevoadas, e a internet tornou possível um quixadaense ter um emprego no Canadá em horário comercial, e almoçar no excelente Pé de Serra - o que, convenhamos, é vencer. 

Esse é o resultado das sementes ousadas da ciência, da inovação e da pesquisa, que também servem para mostrar aos garotos e garotas de bairros com menor IDH que sim, é possível. Porque Pero Vaz de Caminha percebeu há muito tempo que em se plantando tudo dá. E o pé de bicicleta que ilustra essa crônica é a prova disso. A frondosa árvore de “calois” mostra que o solo é rico, e a necessidade é adubo milagroso.

Essa árvore da foto fica em frente ao endereço Rua Nossa Senhora das Graças, 1097, Pirambu, onde houve a inauguração do Projeto Pirambu Innovation, cujo PIT é um dos galhos com a intenção de “proporcionar à juventude local acesso ao conhecimento, à inovação e à cidadania”, assumindo “compromisso com a transformação social por meio de sete pilares fundamentais: Tecnologia, Ciência, Educação, Cultura & Artes, Bem-estar, Empreendedorismo e Sustentabilidade”, diz o comunicado à imprensa.

Foi ali que se homenageou o Jornalista Demócrito Dummar, a Professora Maria Izolda Cela, o cientista Luiz Fernando Gomes Soares, onde se apresentou espaços como a Escola do Amanhã, o Laboratório Homero Lenz, a Fábrica de Soluções, e onde houve a palestra sobre Computação Quântica, ministrada pelo Professor Raimundo Costa, hoje presidindo a Funcap (Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

Nesses espaços, promete-se, haverá uma forma inovadora de sala de aula cuja proibição é ter quadro, ou lousa, e que assim seja mais sedutora adequando-se a velocidade da juventude atual. Gilberto Gil, no disco Quanta diz que “Quanta do latim, plural de quantum. Quando quase não há. Quantidade que se medir. Qualidade que se expressar”. É uma forma poética de ver o quântico. Já para o Professor Raimundo, a “quântica se dá entre a interação da luz sobre a matéria”. Então que a luz do conhecimento repouse sobre o prédio da rua Nossa Senhora das Graças fortemente.

Processadores quânticos, disse-me o Google, são supercondutores cada vez mais poderosos, o que “impulsiona a velocidade e a capacidade da computação quântica necessárias para mudar o mundo”. Se é sobre mudar o mundo, comecemos pelo Pirambu, que lá em se plantando até bicicleta dá.

 

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