Artigo: Olimpíadas de Paris: a relação entre mídia e dados

Confira o artigo exclusivo de Edik Mitelman, General Manager of Privacy Cloud na AppsFlyer.


*Por Edik Mitelman

As Olimpíadas de Paris começarão em 26 de julho e, conforme o evento mundial de esportes se aproxima, as soluções de mídia e comércio se preparam para elevar seus serviços a um nível mais alto. A expectativa é de que os espectadores se inspirem pelos acontecimentos das Olimpíadas e, com isso, acabem fazendo compras diretamente ligadas à ela. Observando essa tendência, percebemos que a colaboração de dados centrada na privacidade não é apenas um facilitador, mas também a base de uma revolução no mercado.

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Temos como um bom exemplo desse cenário o anúncio da NBCUniversal's sobre seu formato de anúncio Virtual Concessions, que funciona da seguinte maneira: enquanto os espectadores se acomodam para assistir aos maiores atletas do mundo, eles terão a possibilidade de pedir lanches, bebidas e mercadorias de maneira muito prática, sem sair do conforto de seus sofás.

Imagine que uma família esteja curtindo algumas apresentações de ginástica e, de repente, um prompt aparece oferecendo a oportunidade de comprar um “Pacote de fã de ginástica”, que inclui lanches e acessórios temáticos. O pedido é feito facilmente pelo controle remoto e logo os itens são enviados para aquela casa. Além de aprimorar a experiência desse consumidor, o serviço se apresenta como uma união efetiva entre publicidade e compras.


A jogada da vitória na colaboração de dados

O grande desafio, nesse caso, é organizar esse tipo de experiência personalizada sem invadir a privacidade dos espectadores. Aqui, vemos a importância das plataformas mais elaboradas de colaboração de dados. Elas vão garantir que os dados mais sensíveis dos usuários não sejam utilizados incorretamente, ao mesmo tempo em que aprimoram as possibilidades de uso.

Por exemplo, através da combinação segura e anonimizada de dados dos espectadores, é possível oferecer um “Pacote de linha de chegada” com bebidas energéticas e equipamentos de corrida para aqueles que gostam de acompanhar os eventos de atletismo. Esse grau de personalização é alcançado ao aproveitar dados de vários pontos de contato de maneira responsável e usá-los para criar uma experiência que parece feita sob medida, mas que ainda respeita a privacidade do consumidor - um ponto crucial de confiança no mercado atual.


O Hat Trick de canais: criando uma experiência Omnichannel

Pensando na natureza multiplataforma dos anúncios de TV durante eventos esportivos, o lançamento de ferramentas como a Virtual Concessions da NBCU é apenas um vislumbre do potencial em jogo nesse mercado. As plataformas de colaboração de dados devem funcionar de forma otimizada em todos os tipos de dispositivos — de smart TVs a smartphones, garantindo que as experiências dos espectadores sejam tão contínuas quanto privadas e personalizadas.

No caso das Olimpíadas de Paris, esse mecanismo pode captar alguém torcendo para o time do seu país via transmissão por satélite, enviando notificações para o celular desse torcedor quando seu atleta favorito estiver prestes a competir, com a oportunidade de comprar mercadorias online. Por trás disso tudo, as plataformas de colaboração de dados estão orquestrando tudo para criar um mosaico de interações individualizadas, porém seguras.

A sinergia necessária para trazer essas experiências personalizadas aos espectadores das Olimpíadas de Paris 2024 é baseada na utilização de Privacy Enhancing Technologies (PETs) como data clean rooms e privacidade diferencial. Quando anunciantes, empresas de TV conectada (CTV) e varejistas se unem, eles criam ambientes seguros e controlados onde os dados primários de cada parte podem ser correspondidos e analisados sem acesso direto aos próprios conjuntos de dados. Por exemplo, um anunciante pode identificar características associadas aos fãs de esportes, enquanto a empresa de CTV entende as preferências de visualização, e os varejistas possuem históricos detalhados de transações.

Em vez de mesclar conjuntos de dados ou expor dados sensíveis dos consumidores, eles utilizam técnicas criptográficas como PSI, que permitem a computação em dados criptografados, permitindo deduzir perfis de usuários que são úteis para segmentação e desprovidos de informações pessoalmente identificáveis. Esses perfis anonimizados podem então ser usados para personalizar ofertas como o “Pacote de Fã de Ginástica”, sem comprometer a privacidade individual e garantindo conformidade com as regulamentações de privacidade.

Fica claro que o legado desses Jogos será tanto sobre medalhas de ouro, quanto sobre a era dourada da mídia de comércio alinhada com a privacidade que está prestes a se popularizar. Graças às plataformas de colaboração de dados que mantêm a santidade da privacidade do consumidor, ao mesmo tempo que permitem as capacidades sofisticadas de segmentação da mídia, estamos testemunhando o começo de um novo tempo na experiência dos espectadores.

 

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