Bitcoin Pizza Day: a evolução do uso e a popularização das cripto

O Bitcoin Pizza Day mostra, além da inserção econômica da cripto, um avanço simbólico e de importância desse conceito.

Há 14 anos, aconteceu a primeira transação comercial com bitcoin na história: a compra de duas pizzas. Na época, elas custaram 10 mil bitcoins, o que, atualmente, representa cerca de 650 milhões de dólares. Esse evento deu origem a uma das datas mais emblemáticas para a comunidade cripto: o Bitcoin Pizza Day.

Neste dia, um momento histórico do Bitcoin foi marcado ao reafirmar seu valor comercial, em uma época onde nem sequer existiam plataformas de compra e venda que impulsionassem seu uso, nem o de outras blockchains e os diversos projetos que ele inspirou. Desde então, o bitcoin se destacou, principalmente, pelo seu crescimento como um ativo digital com potencial de reserva de valor e investimento.

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Embora o comportamento de curto prazo da moeda seja volátil, em um longo intervalo, ela tem mostrado uma tendência de valorização. Um exemplo concreto é que, se durante o Bitcoin Pizza Day de 2023 alguém tivesse comprado 1.000 dólares em bitcoin, atualmente, teria o equivalente a 2.400 dólares, representando um aumento anual de 140%.

"A curto prazo, é impossível prever o comportamento da moeda, mas a longo prazo, o Bitcoin tem demonstrado ser um ativo com tendência de valorização. Isso tem incentivado investimentos tanto de pessoas quanto de empresas, mantendo a demanda alta e elevando seu preço. Este ano, diversos recordes históricos do BTC foram quebrados, e considerando o histórico dos últimos halvings, é provável que seu valor continue a aumentar", aponta Daniel González, especialista de Cripto na Bitso.

Isso explica por que uma das grandes tendências na indústria é o armazenamento prolongado das criptomoedas, um comportamento típico dos hodlers (derivado da expressão em inglês "Hold On for Dear Life", que significa "agarrar-se pela vida"). Implica em mantê-las em suas carteiras por um longo período, pois muitos investidores confiam na recuperação do mercado durante períodos de baixa e se recusam a vender seus ativos, aguardando novos ciclos de alta e o crescimento de seus investimentos.

De acordo com a Wicked, cerca de 13,5 milhões de bitcoins (aproximadamente 880 bilhões de dólares) estão sendo holdeados por mais de um ano. Desses, 6,2 milhões de bitcoins foram guardados por cinco anos ou mais, o que equivale a mais de 400 bilhões de dólares. A tendência de holding é impulsionada por investidores que preferem conservá-los movidos pela confiança no seu crescimento.

Em consonância com esse mesmo padrão de uso, neste ano, foram aprovados os ETFs (fundos negociados em bolsas de valores) de Bitcoin, tornando-o a primeira criptomoeda a ser listada na Bolsa de Valores dos Estados Unidos. Esse marco ocorreu no mesmo ano em que surge um novo halving da moeda, evento que, historicamente, impulsiona um aumento em seu preço nos meses seguintes. Além disso, semanas antes do acontecimento, o recorde histórico da moeda foi alcançado, com sua máxima registrada em 11 de março de 2024, quando atingiu o valor de 72,7 mil dólares.

Segundo o recente relatório Panorama Cripto na América Latina da Bitso, o bitcoin representa, aproximadamente, 53% das carteiras na região. Além disso, há uma alta preferência de compra, visto que no segundo semestre de 2023, ele representou 38% do total de moedas adquiridas através da plataforma. Isso reflete a escolha dos usuários em resguardá-lo como ativo de investimento.

 

 

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