Um dia internacional para falar sobre segurança na internet
Lembre-se, a forma como você se comporta na internet representa uma fração do que a internet é para o mundo.
10:35 | Fev. 06, 2024
O dia 6 de fevereiro é o Dia Internacional da Internet Segura, uma iniciativa da Redes INSAFE-INHOPE e da Comissão Europeia. A intenção, claro, é provocar mudanças e ações práticas para promover o uso responsável e seguro da internet, um imperativo diante da nova vida digital.
A América Latina, especialmente o Brasil, tornou-se um alvo significativo para cibercriminosos virtuais. Apesar de representar apenas 12% do total de ataques, a região ocupa a quarta posição como uma das mais impactadas globalmente. E nada indica que vai melhorar.
“Com a crescente ameaça de violações de dados e a intensificação das regulamentações de privacidade, as empresas enfrentam obstáculos cada vez mais significativos para proteger as informações sensíveis de clientes e parceiros. A abordagem estratégica para enfrentar esses desafios inclui a implementação eficaz de soluções avançadas em nuvem e medidas robustas de segurança”, ressalta Marileusa Cortez, Data Governance Manager da Keyrus, consultoria internacional especialista em Inteligência de Dados e Transformação Digital.
Desafios enfrentados pelos consumidores:
Segundo explica o especialista em dados e inovação e professor de MBA da FGV, Kenneth Corrêa, um dos principais desafios é a dificuldade em compreender e controlar a quantidade de dados pessoais compartilhados online. “Muitas pessoas navegam na internet sem o conhecimento pleno de como suas informações estão sendo utilizadas ou a quem estão sendo disponibilizadas. A falta de transparência por parte de algumas empresas e a complexidade dos termos de serviço dificultam que os usuários façam escolhas informadas a respeito de sua privacidade”, ressalta.
Além disso, ao coletar dados sem obter consentimento explícito e informado, a empresa está desconsiderando os direitos fundamentais de privacidade de seus usuários. “Os riscos são variados: desde o uso indevido de informações pessoais para publicidade direcionada excessivamente intrusiva até o potencial de vazamento de dados sensíveis em caso de falhas de segurança. Isso pode levar a consequências graves como fraudes, roubo de identidade e perda financeira”, destaca o professor da FGV. Kenneth ressalta que é imprescindível que as empresas adotem práticas de coleta de dados responsáveis, transparentes e seguras, respeitando os regulamentos de proteção de dados, para minimizar esses riscos e proteger a privacidade dos indivíduos.
6 dicas para manter a segurança dos dados:
Configure redes Wi-Fi seguras:
Em casa e no escritório, configure redes Wi-Fi com criptografia WPA3 ou, no mínimo, WPA2. Use senhas fortes para proteger o acesso à rede, evitando o acesso não autorizado.
Utilize uma rede virtual privada (VPN):
Ao acessar redes Wi-Fi públicas ou até mesmo redes em casa, ou no escritório, use uma VPN para criar uma conexão segura. Isso criptografa o tráfego de dados, protegendo as informações contra possíveis interceptações.
Controle o acesso físico:
Mantenha seus dispositivos móveis seguros fisicamente. Em casa, evite deixar seu smartphone ou tablet desacompanhado. No escritório, use armários ou gavetas trancadas para armazenar dispositivos quando não estiverem em uso.
Implemente políticas de segurança:
No ambiente de trabalho, crie e aplique políticas de segurança que incluem diretrizes sobre senhas fortes, acesso a dados sensíveis e a utilização de dispositivos pessoais.
Gerencie dispositivos remotamente:
Utilize recursos de gerenciamento remoto, como "Find My Device" (Encontre meu dispositivo), para localizar, bloquear ou apagar dados remotamente em caso de perda ou roubo de dispositivos. Isso é especialmente importante em ambientes corporativos.
Mantenha software de segurança atualizado:
Instale e mantenha atualizados programas antivírus e antimalware em dispositivos móveis. Certifique-se de que os dispositivos estejam configurados para receber automaticamente as últimas atualizações de segurança.
E lembre-se, a forma como você se comporta na internet representa uma fração do que a internet é para o mundo.