Artigo: A inovação fincou base no tripé universitário e virou quadripé
Roque do Nascimento, Reitor da Unilab e Cláudia Ramos, Vice-Reitora da Unilab, escreveram para o Livro do Iracema Digital que será disponibilizado em breve. O POVO Tecnologia vai adiantar alguns textos para você.
09:24 | Set. 22, 2023
*por Roque do Nascimento e Cláudia Ramos
O tripé Ensino-Pesquisa-Extensão era até recentemente o alicerce que fundamentava todas as ações acadêmico-científicas nas universidades por aí a fora, considerado como preceito institucional regente das instituições de ensino superior enquanto definidor da atuação institucional perante a sociedade, assim como preceitua o artigo 207 da Carta Magna Brasileira definindo que as universidades precisam obedecer “ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”.
Outorgada em 1988, a Constituição Federal não consegue acompanhar as transformações por que tem passado a humanidade diante da efervescência de novas realidades que se impõem cotidianamente, emergindo desse contexto um novo fenômeno chamado “Inovação”, tal qual apresentado por Plonski (2017) de que “Inovação é a criação de novas realidades” e propondo que “essa declaração singela realça características essenciais da inovação. Em primeiro lugar, ao ser criação ela é, ao mesmo tempo, o processo e o resultado de fazer existir algo que não havia e, por extensão, também de dar novo feitio ou utilidade a algo que já existia. Vale ressaltar também que, de acordo com Godin (2015), o termo latino para inovação (in + novo) foi introduzido no século III ou IV da era civil e o significado então atribuído oscilava entre a renovação de algo tradicional e a introdução de algo efetivamente novo.
E é pela transformação dessa realidade factual que ao tripé universitário ora consolidado amalgama-se o fenô- meno da inovação como elemento que se torna também fundamental em todas as atividades pensadas/planejadas e oportunamente executadas.
Agora inúmeros conceitos, significados, elementos, vetores, seja o que for, vão surgindo nessa efervescência do fenômeno da Inovação, pelo que aqui, devido à circunscrição acadêmica, cita-se apenas a Inovação Educativa e a Inovação Tecnológica, dentre tantos outros. Fica explicitado que o tripé também está se transformando em quadripé e agora não há mais volta para o que está acontecendo no Ensino Superior, porque a universidade não pode mais existir sem a Inovação e necessitam desse eixo propulsor para seu desenvolvimento acadêmico-científico.
O quadripé Ensino-Pesquisa-Extensão-Inovação aparece como (re)criação da nova realidade das universidades que, a partir de então, precisam obedecer “ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa, extensão e inovação”.