Roubos de dispositivos móveis nas cidades exige atitude

Roubos de dispositivos móveis nas cidades exige atitude do usuário, mas pressionar o mercado e poder público para tornar eficaz o rastreamento também.

Empresário cearense sai de um restaurante em São Paulo falando ao telefone. Finalizava um diálogo de trabalho. Resolvida a questão, tirou o celular do ouvido, baixou a mão a altura da barriga para ver a tela, clicou no botão lateral e travou a tela no exato momento em que o telefone desapareceu. 

Um susto, um vento forte, meio confuso, viu um jovem se equilibrando numa bicicleta já há alguns metros de distância. Seguiu-se uma sensação de impotência, de confusão, um vazio, e a busca pelo entendimento olhando em direção ao ciclista que desaparecera e as mãos vazias. Sua sorte é que uma fração de segundos salvou dados e dinheiro dos aplicativos de banco que poeriam ser acessados. 

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O medo das pessoas que circulam pelas ruas de cidades de portes médio e grande no Brasil, atualmente, não é mais o de ter a carteira roubada por ladrões, como acontecia antigamente. Hoje em dia, a grande ameaça é que o celular seja levado por criminosos. 

Por isso, a utilização de senhas fortes, além da incorporação de mais de um sistema de verificação de ingresso aos aplicativos, como as tecnologias de reconhecimento facial ou de impressão digital, são consideradas algumas das estratégias mais eficazes pelos profissionais do setor de segurança digital no sentido de evitar a exposição de dados contidos nos aparelhos de celular;

Para se ter ideia da dimensão dos riscos, no ano de 2022, no estado de S. Paulo, foram registrados 65.704 boletins de ocorrência de roubo de celulares, segundo o Departamento de Economia do Crime da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP).

Esse número, obtido por meio da compilação de boletins de ocorrência registrados pela Secretaria de Segurança Pública do estado, representa um crescimento de 34,81% quando comparado ao total de 2021. Somado a isso está o número de furtos – 51.115 -, que excede em 54,6% o total do ano passado. Ou seja, mais de 100 mil pessoas no território paulista tiveram seus smartphones roubados e ficaram com seus dados expostos, no período.

Especialistas da NEC, fornecedora de tecnologias voltadas às redes de comunicação e à segurança pública e cibernética, diz que estratégias, como a de ter os apps instalados somente num aparelho mantido permanentemente na residência, foram adotadas por muitos, mas a verdade é que não resolvem a questão, uma vez que restringem a mobilidade e a praticidade no uso dos serviços, que é uma das principais vantagens no uso dos smartphones.

Por isso, a melhor saída, segundo os especialistas da área de cibersegurança e de tecnologias biométricas, é adotar medidas preditivas para que o ladrão seja impedido de obter os dados, como o uso de senhas fortes, a redução do tempo funcionamento da tela do aparelho ou a dupla verificação para acesso aos aplicativos.


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