Planeta jovem: palavra, verbo, verso e metaverso

Conheça o Planeta Jovem, programa que em metaverso vem construindo oportunidades em T:I.

No princípio era o “verbo”, disse João em seu evangelho. Alguns tradutores acham que na verdade o que veio foi a “palavra”, mas o importante é que a divindade carregava consigo, sob a vida que é a luz dos homens, a centelha inicial do quão é importante o porquê das coisas. Contemporaneamente podemos associar o uso do verbo e da palavra à exposição de um propósito – que é o que move o mundo.

E por falar em criar um mundo: na última quarta-feira, dia 4, na live do O POVO Tecnologia, Vivianne Moreira, 17 anos, estudante do Curso Técnico Integrado em Telecomunicações do IFCE, manifestou o propósito de criar uma revista que apresentasse pequenos e médios comércios. Ela tem essa ideia concebida de forma muito clara – o que me faz apostar que ela, sim, conseguirá realizá-la.  

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Poucos minutos antes da live, que está disponível nas redes, conheci também Juvêncio Isrrael, 19 anos, estudante da licenciatura em Música e Geórgia Nunes, 23 anos, das Ciências Biológicas. Ambos do IFCE. Reunimo-nos no metaverso, à convite do Pesquisador em Tecnologias Educacionais, membro do Iracema Digital, Marcus Venicius, então eu pude conhecer um pouco mais daquele Planeta Jovem – expressão que dá nome a um programa resultante da junção entre IFCE (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará); o Instituto Iracema Digital, uma Think Tank cearense e a Funcap (Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico). 

Em um ambiente esteticamente igual à Praia de Iracema, ao lado da Iracema Guardiã de Zenon Barreto, fui entendendo mais daquela aventura ousada, pensada para receber a revista da Vivianne, um show de violoncelo do Isrrael, inventividades biológicas da Geórgia e mais um sem fim de coisas. Pois bem, quem nos explica de maneira mais amiudada do que se trata, é o Professor Marcus. “Selecionamos 100 jovens que entraram numa plataforma em metaverso com 7 temas, cada um nomeado como um país. Os jovens que estão lá precisam criar tudo, absolutamente tudo”, diz o professor, que atua como um dos embaixadores nesse espaço digital.

Com propósito, ação, verbo, verso e metaverso, podemos imaginar que as possibilidades de um mundo digital habitado por 100 pessoas são infinitas. Quando Marcus usa a palavra “tudo”, o leitor e a leitora podem entender como...tudo mesmo! Da legislação ao nome dos países, dirimindo teses, absorvendo mudanças, resolvendo divergências e, principalmente, entendendo que a vida não é fácil. Nem nesse, nem em outro planeta.

Alunos, alunas, professores, conceitos, convívios, desafios. Desafios intrínsecos a exemplo de quem arbitra uma contenda, aos desafios propostos como a aproximação de um meteoro determinado por um dos professores. Soluções e resoluções precisam surgir vindas dos jovens imersos dentro de uma ambiência em tecnologia da informação – área carente de profissionais, que paga bons salários e é capaz de transformar um estado pobre em gerador de riquezas a partir de uma habilidade: a capacidade de abstração. Bingo!

Metáforas são compostas por palavras, mas precisam ser enxergadas. Tecnologia da Informação também. Um arquivo em nuvem não está na nuvem. Está em algum espaço físico que por ser acessível em qualquer lugar no mundo, metaforicamente, está naquela nuvem lá em cima que passa. Desenvolver a capacidade de abstração desses jovens é criar uma base sólida para que eles criem soluções. E caberá aos programadores estabelecer o funcionamento da abstração por meio de códigos.

O Planeta Jovem, portanto, é um exercício cognitivo que abraça da Tecnologia da Informação à inventividade, passando pelos desafios democráticos. Intervalo nada modesto. Houve um embarque festivo em agosto de 2022 por meio do qual se expuseram em uma mostra, as competencias e habilidades dos jovens em todas as areas tecnologicas, cientificas, sociais, artisticas e culturais. O desembarque estava previsto para novembro último, no entanto vive-se nesse momento uma extensão do prazo enquanto se prepara uma versão dois no programa.

Neste planeta, fruto dos debates, deu-se vida à Galixandria, cujo tema é saúde digital; Midória com foco em transformação digital; Lervúria, atuando em transição energética; Astalânia, com tema em economia do mar; Dolminn ligada à arte, cultura e diversidade; Jakkar, cujo tema é a escola do futuro e Kambor, dedicado ao meio ambiente e sustentabilidade. E também existe Olímpia, uma espécie de Conselho planetário. Não se constranja em associar Olímpia à Organização das Nações Unidas (ONU) porque a ideia é exatamente essa.

Outro Marcus, dessa vez o Rodrigues, embaixador igual ao Venicius, explica a dinâmica “nosso papel enquanto embaixador era acompanhar as atividades dos tripulantes de cada país, e fazer a mentoria, quando necessário atuando como um conselheiro no processo decisório dos gestores dos países”, diz. E complementa Marcus, “Nós atuávamos também como pontes entre os tripulantes e o conselho galáctico, responsável pela governança do jogo (criação da narrativa, identificação de desafios e avaliação dos resultados de cada país)”, finaliza.

Foi assim que o Ceará criou um planeta. E nesse planeta desenvolve-se inteligência – um material abstrato que se materializa de diversas formas no dia a dia. O planeta Jovem está aí para mostrar que podemos mais e que, independente de verbo, da palavra, da metáfora ou da abstração, o que há de princípio somos nós.

 

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