Pesquisa aponta 30% de funcionários afastados por questões mental

Pesquisa da Closecare aponta aumento de 30% de funcionários afastados por problemas de saúde mental; especialista alerta para cuidados.

Uma pesquisa realizada pela startup Closecare, especialista em gestão de atestados médicos e saúde corporativa, identificou um crescimento de 30% no número de afastamentos do trabalho devido a problemas de saúde mental. O levantamento analisou cerca de 480 mil atestados cadastrados na plataforma entre janeiro de 2020 e abril de 2022, reunidos de 16 companhias que usam o serviço. Para Aleks Mesquita, CEO da Amar.elo Saúde Mental, esses resultados são previsíveis diante dos últimos dados sobre saúde mental do Brasil.

“Já falamos muito sobre o Brasil ser o país mais ansioso do mundo, o quinto mais depressivo, e muitas pessoas não percebem o quanto isso está afetando o mundo do trabalho. Os empregadores precisam estar atentos a isso porque, além da saúde mental dos colaboradores, até o financeiro da empresa é afetado. Vale lembrar que a empresa tem que abonar a falta do funcionário mediante atestado. Se ele ficou seis dias fora, a empresa paga pelo valor", explica Aleks.

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A Closecare calcula que cada atestado custa, em média, R$ 1.293,00 para as empresas e o gasto delas com afastamento de colaboradores por questões de saúde mental deve chegar a R$ 5 bilhões até o fim de 2022. Esse cálculo considera a renda mensal média do brasileiro de R$ 2.449, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de outubro de 2021, e o acréscimo de encargos.

Para Aleks, uma das formas de cuidar da saúde mental dos colaboradores e evitar perdas financeiras e de produtividade, é enxergar o setor de Recursos Humanos como estratégico. “Toda empresa é feita e movida essencialmente por pessoas que precisam de um ambiente com bem-estar organizacional, clima saudável nas relações e comunicação de trabalho, e tudo isso passa pela preocupação com a saúde mental dos empregados. É fundamental que essa área da saúde humana esteja na lista de pontos a serem assegurados pelas corporações”, defendeu.

 

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