Moldsoft: da descoberta do Salesforce à retenção de talentos

A Moldsoft é uma empresa cearense que tem como carro chefe o Salesforce. Prepara a internacionalização como estratégia de retenção de talentos.

O nome da empresa é Moldsoft. O “mold” vem de moldar. Sim, obedecendo a um viés software house, ou seja, uma empresa que se propunha a entregar soluções em tecnologia customizadas para empresas. No mercado o olhar era para todos os segmentos e portes de clientes. E conseguiram, segundo o CEO e fundador Rafael Magalhães, 39, atender empresas relevantes no cenário estadual e nacional.

Deixar o antigo emprego, abrir a empresa, buscar o entendimento de mercado, estabelecer-se e buscar uma identidade. Isso tudo começou em 2007 e representa a primeira fase da empresa. A segunda veio 2015 com a descoberta de que o carro chefe a partir dali seria implementações por meio da platafoma Salesforce.

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Sabemos o quanto uma empresa precisa continuamente buscar adaptação, sobretudo no Brasil, em função dos cenários. Porém, para a Moldsoft essa mudança foi a mais significativa porque mostrou o caminho pelo qual percorreria até os dias de hoje.

Salesforce é uma plataforma americana, no mercado há cerca de 25 anos, cuja tecnologia oferta, mediante assinatura, uma integração de soluções de CRM, Business Intelligence, Marketing, qualificação e desenvolvimento de soluções adaptadas.

“O salesforce é como um lego que você sai montando e, com baixo custo, você tem flexibilidade e velocidade na montagem de soluções”, define o CEO.

Com a intenção de ser didático, fiz a seguinte pergunta a Rafael: “quer dizer que se eu enxergar uma oportunidade de mercado, tipo a construção de um aplicativo de transporte focado em pessoas com deficiência, eu faço a assinatura no Salesforce e você constrói a plataforma pra mim?”.

Sua resposta: “É isso mesmo. O mercado há pouco tempo tinha preconceito com a Salesforce porque era cobrado em dólar e tinha fama de cara. Mas levando para ponta do lápis, o ROI (Retorno sobre Investimento) é muito melhor que outras soluções porque basta a assinatura, livrando o cliente de preocupações com segurança, equipamento e outros”, complementa.

A Moldsoft, portanto, atua na qualificação, treinamento de equipes de usuários e na construção do relacionamento, ou visão 360° do cliente, além da customização da aplicação em si. A propósito, falar sobre qualificação é um capítulo a parte porque parceiros oficiais da Salesforce são obrigados a estar com a certificação atualizada a cada 9 meses, o que requer investimento e dose extra de ousadia.

Profissional qualificado

Um dos grandes desafios do mundo hoje é a qualificação, todos sabemos. Pois bem, Rafael comenta que um jovem de 21 anos pode ter salário de 25 mil reais, sem necessariamente estar formado em faculdade convencional e sem inglês fluente. Apenas com a certificação Salesforce.

O resultado disso é que há uma competição global por gente qualificada, o que gera um grande desafio empresarial que é a retenção de talentos. “Nossa estratégia para reter é ajudar aquele (a) profissional a realizar seu sonho. Ele quer conhecer novas culturas? Novos países? Então nosso momento é de levar a empresas para fora para que o profissional busque seu sonho sem deixar nosso time”, explica Rafael.

E isso responde à motivação dessa matéria, que foi instada a olhar para a Moldsoft porque em tempos de trabalho remoto, ela quer se estabelecer no norte da América e na Europa.

Olhar local, olhar global

“Não quero ser trampolim, quero ser a piscina. Quero que o profissional deseje ficar na empresa”, explica Rafael.

Com 45 funcionários - cerca 60% em Fortaleza, 10% em São Paulo, e o restante em outros países – Rafael quer reforçar a empresa nos Estados Unidos e Portugal, em princípio com mão de obra local. E estabelecer pontes para que funcionários brasileiros realizem seus sonhos, sem deixar de compor seu time.

“Meu esforço é para qualificar pessoas, pela retenção, claro, mas também pela mudança da realidade social. Um jovem pode mudar a realidade de vida da sua família”, comenta.

Rafael finaliza dizendo que está montando um programa de capacitação remota para atingir uma quantidade muito maior de pessoas e assim poder pinçar os talentos que possam fazer parte da equipe. Esse é um grande exercício do empresário de tecnologia atual, o olhar local conjugado, com o olhar global. O que seria mais fácil, se nossos cenários mudassem menos.

 

 

 

 

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