Relógios smartwatches podem fazer mal à saúde; veja marcas testadas

Pesquisadores alertam: pulseiras de smartwatches contêm substâncias nocivas.; confira os riscos e dicas para escolher modelos mais seguros

De acordo com um novo estudo da Universidade de Notre Dame, publicado em 18 de dezembro, o material utilizado na fabricação das pulseiras de smartwatches pode estar expondo o pulso dos usuários aos chamados produtos químicos permanentes.

Os pesquisadores identificaram altos níveis de substâncias como o ácido perfluorohexanoico (PFHxA) em pulseiras mais caras feitas de borracha sintética fluorada, um material comumente usado pelos fabricantes por ser mais durável do que o silicone tradicional.

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Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, o PFHxA é um subproduto de compostos presentes em itens como tecidos resistentes a manchas, embalagens de papel para alimentos e carpetes.

O contato da pele com produtos que contêm PFHxA — como o uso de um smartwatch no pulso — é apenas uma das formas de exposição a essa substância.

Embora o material, conhecido por resistir à descoloração e repelir água, suor e óleo, seja ideal para atividades físicas, os níveis excepcionalmente altos de PFAS, combinados com a exposição prolongada da pele, podem representar um risco à saúde dos consumidores, concluiu o estudo.

Quais smartwatches foram testados?

Os pesquisadores analisaram 22 smartwatches e pulseiras rastreadoras de condicionamento físico de marcas como Apple, CASETiFY, Fitbit, Google, KingofKings, Modal, Nike, Samsung, Tighesen e Vanjua. Descobriu-se que os PFAS eram frequentes, especialmente nas marcas mais caras.

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As pulseiras com preço superior a 30 dólares (cerca de R$ 200) apresentaram maiores concentrações de flúor em comparação às que custavam menos de 15 dólares. Os testes foram realizados para detectar 20 tipos de PFAS diferentes, sendo o PFHxA o mais comum, encontrado em nove das 22 amostras.

Ainda mais preocupante, a concentração mediana de PFHxA foi de aproximadamente 800 partes por bilhão (ppb), enquanto uma das amostras ultrapassou 16 mil partes por bilhão. Para efeito de comparação, os mesmos pesquisadores, em um estudo de 2021, identificaram uma concentração mediana de cerca de 200 ppb de PFAS em cosméticos.

“Essa descoberta se destaca pelas concentrações muito altas de um tipo de substância química eterna em itens que permanecem em contato prolongado com a pele”, afirmou Graham Peaslee, coautor do estudo, em comunicado.

Relógios smartwatches: quais os riscos do PFHxA?

O PFHxA pode ser encontrado em diversos produtos, como embalagens de alimentos, espumas extintoras de incêndio e itens de cuidados pessoais. Isso significa que grande parte dos americanos já foi exposta a essas substâncias, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Os PFAS estão associados a efeitos adversos à saúde, incluindo problemas reprodutivos e de desenvolvimento. No entanto, os limites seguros de exposição a essas substâncias ainda estão sendo estudados.

A autora principal do estudo, Alyssa Wicks, recomendou optar por pulseiras mais baratas feitas de silicone e evitar modelos mais caros, especialmente os que contêm fluoroelastômeros.

“Se o consumidor deseja adquirir uma pulseira de preço mais alto, sugerimos que leia as descrições do produto e evite aquelas que mencionem fluoroelastômeros”, orientou a pesquisadora.


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