Novas tecnologias são esperança de uma vida com maior inclusão e qualidade

Os avanços das tecnologias em órteses e próteses auxiliam nas diversas modalidades de reabilitação

Fortaleza recebeu, nos dias 1 à 4 de outubro, o VIII Congresso Latino-Americano de Ortopedia Técnica / XIV Congresso Brasileiro de Ortopedia Técnica, um dos maiores eventos mundiais em tecnologia para pacientes amputados.

Ocorrido no Gran Mareiro Hotel, localizado na Praia do Futuro, o congresso é promovido pela Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC) e trouxe à capital cearense os maiores especialistas e fornecedores do mundo, que apresentaram diversas tecnologias de ponta em órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção.

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Entre os equipamentos apresentados, estão: coletes, palmilhas, calçados ortopédicos, cadeiras de rodas adaptadas, bengalas, muletas, andadores, aparelhos que corrigem alterações auditivas e diversos dispositivos para pessoas com deficiências físicas e de outros tipos.

Essas tecnologias impactam positivamente na vida dos pacientes, proporcionando conforto e qualidade de vida para aqueles amputados, ou em processo de recuperação. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 45 milhões de pessoas convivem com alguma deficiência e, destas, 13 milhões têm deficiência física.

"Estamos falando da mais alta tecnologia de ponta. De algo que, em um passado recente, só poderia ser visto em filmes de ficção científica. Esses dispositivos melhoram a qualidade de vida dessas pessoas", destaca o médico Roberto Enéas, especialista em ortopedia técnica e um dos organizadores do evento.

Ele explica que com o tempo, as tecnologias aplicadas vão se barateando, mas quando ela ainda é complexa, se tornam cara. "Infelizmente esses produtos têm um valor muito elevado. Isso é um desafio, o outro é a questão do financiamento, já que precisa existir um investimento por parte dos órgãos públicos para que se consiga fornecer aos pacientes", pontua.

O presidente da ABOTEC, Peter Kuhn, explica que a grande sacada está por trás da adaptação, já que é preciso adaptar à prótese ao paciente e fazer o encaixe, sendo o mais difícil.

"Nesse sentido, o Brasil está muito bem, a gente tem profissionais super capacitados. Hoje, esse congresso é considerado um dos maiores da América Latina, nós somos uma família muito pequena de profissionais, mas que estamos trabalhando por uma boa causa", conclui.

Durante o evento estava presente os paratletas Daniel Dias, maior medalhista paralímpico do Brasil, e Vinícius Rodrigues, medalhista de bronze em Paris. A dupla é patrocinada pela Ottobock, empresa alemã que trouxe os paratletas para o congresso.

"O que as pessoas estão tendo hoje é muito importante para elas entenderem sobre prótese, como ela funciona e qual o melhor equipamento para cada caso. Já faz 10 anos que recebi a minha perna, hoje evoluiu muita coisa, facilitando a rotina do dia a dia de quem vive essa realidade", destaca Vinícius.

Para Daniel Dias, esses avanços promovem maior igualdade de oportunidades, já que muitas pessoas podem voltar a trabalhar, praticar esportes e até mesmo atividades recreativas.

"O melhor caminho de quebrar a barreira do preconceito é falar sobre isso", afirma Daniel. O evento reuniu empresas, profissionais e pessoas com deficiências de diversos lugares do mundo, com ciclos de palestras para discutir soluções para os problemas.

 

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