Testamos: Zenfone 9 mostra que tamanho não é documento

Smartphone pequeno da Asus traz especificações topo de linha sem exagerar na extensão da tela; Zenfone 9 pode ser encontrado a partir de R$ 3.150 no varejo

O primeiro smartphone a ganhar popularidade ampla, o iPhone original, de 2007, tinha uma tela de 3,5". Atualmente, achar um aparelho com menos de 6,5" é tarefa árdua.

Deve-se levar em conta que, com as mudanças de formato, isso não significa que os smartphones de hoje tenham uma tela quatro vezes maior que os de 15 anos atrás. O primeiro celular da Apple tinha painel no aspecto 3:2, enquanto os atuais se aproximam das telas de cinema, com 20:9 a 22:9 (grosso modo, proporção equivalente a empilhar verticalmente uma tela e meia do iPhone original).

Ainda assim, quem não quer um smartphone que poderia ser usado como prancha de surfe tem dificuldades para achar alternativas. Se buscar apenas aparelhos topo de linha, a situação piora: praticamente não existem celulares nesta faixa de preço que caibam em bolsos pequenos (físicos, os bolsos monetários nunca foram muito compatíveis com essa categoria).

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Uma breve pesquisa mostra que, de 2022 para cá, apenas seis fabricantes lançaram celulares com tela de 6,2" ou menor: Apple, Asus, Google, Samsung, Sharp e Sony. Três destas não vendem smartphones no Brasil. Outra é conhecida pelos preços proibitivos.

Deste modo, a Samsung, nome mais conhecido, acaba sendo a escolha da maioria dos compradores. Mas não é a única: com o Zenfone 9, a Asus mostra que é possível unir boas especificações, tamanho diminuto e preço razoável.

Passei algumas semanas usando o Zenfone 9 como meu smartphone principal. Conto a seguir tudo o que descobri. Confira!

Sobre o review: recebi o Zenfone 9 para análise em fevereiro deste ano. Usei o aparelho até meados de março. O aparelho foi devolvido após os testes, e a Asus não teve influência no conteúdo deste texto.

Parâmetros de comparação: meu celular de uso cotidiano é um Realme 8 Pro. Durante os testes, estive também com os seguintes aparelhos: Samsung Galaxy Z Flip3, Samsung Galaxy Z Flip4 e Oppo Reno7.

Asus Zenfone 9: especificações e disponibilidade

  • Tela: 5,9", Full HD+ (1.080 x 2.400 pixels, proporção 20:9), 120 Hz, Amoled, brilho de 1.100 nits
  • Câmeras:
    • Principal: 50 MP, f/1.9, 24 mm, sensor de 1/1,56", autofoco e estabilização ótica
    • Grande-angular e macro: 12 MP, f/2.2, 14 mm, sensor de 1/2,55", autofoco
    • Frontal: 12 MP, f/2.5, 28 mm, sensor de 1/2,93", autofoco
  • Bateria: 4.300 mAh, carregamento cabeado de 30 W; não há carregamento sem fio
  • Memória: 128 ou 256 GB de armazenamento; 6, 8 ou 16 GB de RAM
  • Conexões: 5G, 4G, NFC, Bluetooth 5.2 e WiFi 6/6e (sem fio); entradas USB-C e 3,5 mm (cabeado)
  • Processador: Qualcomm Snapdragon 8+ Gen1 (octa-core, 4 nm)
  • Acabamento: Gorilla Glass Victus na tela, moldura em alumínio, plástico na traseira. Disponível em azul, preto, e vermelho no Brasil.

No momento em que este review era escrito, a versão com 128 GB de armazenamento e 8 GB de RAM do Zenfone 9 podia ser comprada no varejo online, em lojas confiáveis, por R$ 3.150 à vista ou R$ 3.500 a prazo.

Caixa do Asus Zenfone 9: caramba, tudo isso?

Caixa do Asus Zenfone 9 inclui aparelho, cabo e carregador e até mesmo uma capa de proteção
Caixa do Asus Zenfone 9 inclui aparelho, cabo e carregador e até mesmo uma capa de proteção (Foto: Bemfica de Oliva)

Em tempos de fabricantes vendendo smartphones com carregadores apenas por ordem judicial, a caixa do Zenfone 9 é uma bela surpresa. Feita de papel cartão preto, ela traz o acessório - e com capacidade de recarga total, de 30 W, enquanto outras marcas ofertam smartphones com carregamento rápido, mas carregadores de menor potência.

E não acaba aí: a Asus envia também uma capa para o aparelho. De plástico rígido, com mais resistência que as cases de silicone e TPU geralmente fornecidas com smartphones intermediários. No entanto, será compreensível se a sua vontade de usar o acessório for baixa. Explico a seguir.

Asus Zenfone 9 tem boa construção e design interessante

O motivo é simples: o Zenfone 9 é extremamente agradável de usar sem a capa, e a proteção tira um pouco da graça. Não apenas pelo tamanho, a sensação tátil também colabora para isso.

As bordas retas de alumínio, ao contrário do que acontece em smartphones maiores, não tornam o aparelho difícil de segurar. A traseira, por sua vez, tem uma textura áspera, similar a uma lixa fina.

A última vez que vi um uso tão inteligente de plástico na construção de um smartphone foi há quase dez anos, na finada linha Lumia, da Nokia (e depois da Microsoft). Em um cenário de celulares premium necessariamente feitos de vidro (mais frágil) ou metal (mais pesado), a escolha da Asus é uma excelente maneira de se destacar.

Asus Zenfone 9 tem traseira em plástico, mas a textura agrada e se diferencia de outros smartphones
Asus Zenfone 9 tem traseira em plástico, mas a textura agrada e se diferencia de outros smartphones (Foto: Bemfica de Oliva)

O Zenfone 9 vem em quatro cores: branco (com moldura prateada, não é vendida no Brasil), azul, vermelho e preto (todos com borda preta). Nossa unidade de testes veio nesta última.

Além da textura, a traseira traz as duas câmeras, em detalhes circulares bem maiores que o necessário para as lentes, o flash de LED, e algumas inscrições. Na lateral direita estão os botões de volume e liga/desliga, que tem um leitor de digitais integrado, enquanto a esquerda é vazia.

Na parte inferior estão a bandeja de chips (dois SIM cards, não há entrada para cartão de memória), a entrada USB-C, o microfone principal e os alto-falantes. Na superior há um microfone secundário e - algo raro em smartphones hoje - uma conexão para fones de ouvido de 3,5 mm.

Na frente estão a câmera para selfies, o alto-falante de ligações e só. Este lado do smartphone, porém, pode desagradar muitos potenciais compradores, veja a seguir.

Tela do Zenfone 9 é bonita, mas que borda grossa!

Imagino que, para chegar a um preço decente, tamanho reduzido e especificações topo de linha, a Asus tenha precisado fazer algumas concessões no Zenfone 9. Aparentemente a moldura da tela foi uma delas. Nas laterais, a espessura é passável, enquanto a parte superior gera certo estranhamento.

A inferior, por fim, se destaca negativamente: o "queixo" lembra smartphones que custam metade do preço. A impressão se dá tanto pela borda grossa quando pelas espessuras assimétricas. Posso estar sendo seletiva demais neste aspecto, mas quem se incomoda com essa questão vai preferir outros aparelhos.

Na qualidade de imagem, no entanto, o painel do Zenfone 9 não deixa nada a desejar. Com resolução Full HD+ (1.080 x 2.00 pixels, em proporção 20:9), a tela Super Amoled traz taxa de atualização de 120 Hz, brilho máximo de 1.100 nits e certificação HDR10+.

O display tem excelente legibilidade sob luz solar direta, boa reprodução de cores e fluidez nas animações. É possível escolher entre tonalidades mais vívidas ou mais contidas, nas configurações.

Há uma função de proteção de tela (Always-on Display, AoD), mas as personalizações são poucas. É uma maneira prática de ver as horas e quanta bateria resta no aparelho, mas sem funções avançadas para as notificações.

Nas câmeras, Asus Zenfone 9 consegue agradar e desagradar

No design, as câmeras traseiras do Zenfone 9 recebem bastante destaque: os detalhes circulares que as envolvem são muito maiores do que seriam se não cumprissem função estética. No sentido prático, as lentes não são ruins, e entregam algumas surpresas.

Isso não significa que sejam câmeras espetaculares. A lente principal, com 50 MP (entrega fotos de 12,5 MP após aplicar pixel-binning), tem um nível satisfatório de detalhes, e um pouco de pós-processamento em excesso.

As fotos de teste foram tiradas em condições abaixo do ideal: em um dia chuvoso, e no prédio onde moro, onde a manutenção da pintura está _bem_ abaixo do ideal. Deste modo, é importante ressaltar que, em condições de uso cotidiano, as fotos do Zenfone 9 apresentam cores muito mais vívidas que as abaixo.

A grande-angular apresentou cores mais destacadas que a lente regular, nos testes que fiz. O modo retrato poderia ser mais bem calibrado: na foto do vaso de plantas, as pontas das folhas da parte de cima e da direita estão desfocadas, como se fizessem parte do fundo. O tom verde das folhas é bem distinto do branco do chão, o que torna este problema especialmente indesculpável.

Não costumo fazer uma galeria com fotos macro, por um motivo bem simples: a maioria dos smartphones tem sensores de 2 MP, que basicamente só servem para fazer número, produzindo fotos inutilizáveis. Não é o caso aqui: a lente grande-angular do Zenfone 9 tem foco automático e funciona para tirar fotos muito de perto. O resultado é espetacular.

À noite, as lentes produzem imagens confusas. Via de regra elas são aceitáveis, desde que o modo noturno seja utilizado, mas é preciso fazer ressalvas.

As fotos abaixo foram tiradas às 5h15min de um dia chuvoso, no mirando no poente. Mesmo com essas condições, o céu aparece nítido e claro, como se fosse mais tarde. As folhagens, porém, estão com "efeito pintura" mesmo no modo noturno.

O veredito para este ponto é: você só poderá saber se o modo noturno do Zenfone 9 funciona para você após testar nas diversas situações que costuma tirar este tipo de foto.

A câmera frontal do Zenfone 9 traz foco automático, algo raro mesmo em smartphones topo de linha - a título de exemplo, os primeiros iPhones com a função foram os lançados no fim de 2022. As imagens são decentes, mas não surpreendem.

No modo regular, as imagens são boas, e existe a garantia de não precisar que o smartphone esteja na distância certa para a foto sair com foco. O modo retrato, porém, é um pouco falho. Na imagem acima, é compreensível que o celular tenha tido dificuldades com a parte do meu cabelo que está em frente à janela, mas a ponta do óculos, que tem a parede amarela de fundo, não deveria estar desfocada.

Bateria: Zenfone 9 tem boa recarga e duração mediana

Após passar mais de um ano usando um smartphone dobrável, com bateria severamente limitada pelo formato do aparelho, tive que me policiar para não dizer que o resultado do Zenfone 9 neste âmbito é espetacular. Não é que seja ruim, apenas não traz grandes surpresas.

O componente também é, de certa forma, limitado pelo formato: com a tela menor, não dá para encaixar uma bateria imensa. Ainda assim, ela traz 4.300 mAh de capacidade, mais que o Galaxy S23, da Samsung (3.700 mAh), e o iPhone 14, da Apple (3.279 mAh).

A recarga é outro elemento que não surpreende, mas não decepciona: com 30 W, o carregador encheu a bateria em cerca de uma hora. Estranhamente, não consegui acompanhar a recarga com o aparelho desligado: em 45 minutos na tomada, ele seguia mostrando os mesmos 22% de meia hora antes. Após 10 minutos, a tela acusava bateria cheia.

Com uso intenso - algumas horas de música pelo Spotify, um ou dois episódios de séries em streaming, bastante tempo com internet e redes sociais, e alguns jogos, a bateria do Zenfone 9 conseguiu ficar fora da tomada da hora que acordei à hora que fui dormir. Não é um aparelho que vai fazer você se despreocupar com a bateria, mas também não vai exigir recarga duas ou três vezes ao dia.

Para algumas pessoas, o fato de que o Zenfone 9 não tem carregamento sem fio pode ser uma preocupação. Como raramente uso este método mesmo em aparelhos compatíveis, não foi um problema.

recarga reversa de 5 W: ligando um cabo no Zenfone 9, ele consegue fornecer energia a outro dispositivo. Pela baixa potência, é algo mais para situações emergenciais, ou para dar uma ajuda caso seus fones Bluetooth fiquem sem bateria.

Zenfone 9: performance de gente grande

Apesar do tamanho, a Asus não cortou muito nas especificações de desempenho do Zenfone 9. Ele traz o mesmo processador Qualcomm Snapdragon 8+ Gen1 que diversos smartphones topo de linha da segunda metade de 2022 (e alguns do começo de 2023, apesar de o sucessor, 8 Gen2, já ter sido lançado).

A memória RAM começa em 6 GB na versão mais barata (128 GB de armazenamento), indo até 16 GB (256 GB de armazenamento) - a diferença entre os modelos é de quase R$ 1.400 na loja oficial da Asus. Há ainda versões de 128 e 256 GB de armazenamento com 8 GB de RAM. A unidade enviada pela empresa era a com mais memória.

No uso cotidiano, a experiência do Zenfone 9 não deve em nada a qualquer smartphone topo de linha. Não há engasgos ou travamentos, exatamente como as especificações fazem esperar.

Para jogos, Free Fire e Asphalt 9 rodaram nas configurações máximas sem problemas. A Asus tem um aplicativo chamado "Game Genie", que é ativado ao abrir um jogo, e permite ativar opções como o modo não perturbe, gravação de tela ou automatização de tarefas com macros.

Zenfone 9 cabe no bolso de várias formas

Para começar a conclusão, a versão que eu recomendaria do Zenfone 9 para praticamente qualquer pessoa é a de 8 GB de memória e 128 GB de armazenamento. A de 6 GB está perto demais de smartphones intermediários para valer o preço, enquanto 256 GB é mais que o suficiente para quase todo o mundo, e 16 GB de RAM é simplesmente desnecessário.

Isso dito, vamos analisar o preço: na loja oficial da Asus, a marca pede R$ 3.950 pelo aparelho. No varejo online, empresas confiáveis vendem o Zenfone 9 entre R$ 3.150 à vista e R$ 3.700 a prazo.

Se a comparação for feita estritamente pelo preço, as opções mais próximas são o Edge 20 Pro, da Motorola, o A72, da Samsung, e o iPhone SE 3. Todos são intermediários, e todos usam hardware de 2021 (apesar de o iPhone ter sido lançado em 2022, ele traz o processador A15, da linha iPhone 13).

Fazendo algumas concessões de preço, é possível chegar ao Motorola Edge 30 Pro (R$ 3.700 à vista, R$ 3.900 a prazo) e ao Samsung Galaxy S22 (R$ 3.250 à vista, R$ 3.600 a prazo). Estes modelos são topos de linha da primeira metade de 2022 - anteriores ao Zenfone 9, mas pelo menos na mesma geração.

O Motorola tem uma tela melhor que o Asus, mas também maior - portanto, pode não ser a primeira escolha de quem procura um smartphone pequeno. A câmera grande-angular é de 50 MP no Edge 30 Pro, a de Selfie tem 60 MP, a RAM neste preço é de 12 GB e a bateria tem 4.800 mAh. A recarga fica em 68 W com fio e 15 W sem fio.

Todos os números são maiores que os do Zenfone 9, mas o pequeno também tem vantagens: é quase 30 g mais leve, o processador é mais recente, a bateria dura mais (devido à tela, mesmo que a capacidade do Edge 30 Pro seja maior), há entrada para fones de 3,5 mm e o histórico da Asus é muito melhor que o da Motorola para atualizações do Android.

O S22 ganha em ter uma câmera teleobjetiva dedicada (de 10 MP, com 3X de zoom), pelo leitor de digitais sob a tela, além de ter recarga sem fio e suporte a eSIM, ausentes no Zenfone 9. O Asus traz, novamente, processador atualizado e a entrada de 3,5 mm, além de ter câmera macro, recarga mais rápida e bateria maior.

Há outra possibilidade de comparação para o Zenfone 9, por fim: o tamanho. Neste caso, os concorrentes são o iPhone 14, da Apple, e o Galaxy S23, da Samsung.

Deve-se levar em conta que, enquanto o modelo da Apple tem lançamento em setembro, mais próximo ao da Asus (julho), o da Samsung é anunciado sempre com seis meses de diferença. Deste modo, a linha Zenfone compete por metade do ciclo com uma geração de Galaxy S, e metade do ciclo com outra.

O iPhone começa em R$ 5.200 à vista ou R$ 5.750 a prazo. O S23 sai por R$ 4.600, em 1x ou parcelado. O adicional de preço contra o Zenfone varia entre 55% (a prazo) e 65% (à vista) para o aparelho da Apple, ou entre 24% (a prazo) e 46% (à vista) no modelo da Samsung.

Alguns aspectos do iPhone, como processador e memória RAM, não podem ser diretamente comparados com smartphones Android - a maneira como os sistemas lidam com estes componentes é muito distinta. Outros, como câmera, bateria, armazenamento e tela, podem ser colocados lado a lado.

E, de forma simples, o Zenfone ganha em todos estes aspectos. As câmeras são melhores (no papel, ao menos - diz-se que a Apple faz mágica com a qualidade das fotos, apesar dos números menos pujantes); a tela atualiza a 120 Hz, contra 60 do iPhone; a bateria dura mais e carrega mais rápido. O armazenamento base de ambos os modelos é 128 GB, mas pelo preço do iPhone de entrada dá para comprar um Asus de 256 GB e ainda sobram uns trocados.

As diferenças do Galaxy S23 para o Samsung "topo de linha de entrada" do ano anterior são poucas: mudanças no design, tela mais brilhante, bateria levemente maior e o processador mais recente. De resto, as especificações são iguais às do S22, incluindo o conjunto de câmeras.

Ainda assim, é o suficiente para fazer o Zenfone 9 suar um pouco. O Snapdragon 8 Gen2 tem grandes ganhos de eficiência energética em relação aos antecessores, tanto o 8 Gen quanto o 8+. Com isso, a bateria dura consideravelmente mais no S23 que no S22, ao mesmo tempo em que o aparelho é mais potente que a geração do ano passado. Isso só significa, porém, que ela chega no patamar do Asus - o nível do antecessor era bem baixo.

Neste caso, a questão é: vale a diferença de preço? Eu, particularmente, acho pouco provável. Para a maior parte dos usos, o Zenfone 9 cumpre bem a função e custa mais barato. Inclusive, anseio pelo anúncio do Zenfone 10, daqui a três meses, para ver a competição se renovar mais uma vez.

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