Telescópio James Webb faz descoberta sobre início do universo
As galáxias encontradas pelo objeto podem alterar a compreensão dos cientistas sobre a formação após o Big Bang
19:53 | Fev. 23, 2023
A descoberta de seis galáxias massivas pelo telescópio espacial James Webb — que existiram a cerca de 500 a 700 milhões de anos após o Big Bang — pode transformar as informações que os cientistas possuem sobre as origens do universo.
O telescópio, equipado com instrumentos de detecção de infravermelho, é capaz de notar a luz enfraquecida que já foi emitida por estrelas e galáxias antigas. Essa habilidade permite uma “viagem no tempo” a cerca de 13,5 bilhões de anos, próxima ao início do universo.
Os pesquisadores esperavam encontrar galáxias pequenas, mas as descobriram “tão maduras quanto a nossa no que antes era entendido como o alvorecer do universo”, conta o professor assistente de astronomia e astrofísica da Universidade da Pensilvânia, Joel Leja.
O professor destacou, em comunicado à instituição de ensino norte-americana, que os dados indicam os objetos detectados como galáxias, mas “existe uma possibilidade real” de que alguns sejam buracos negros supermassivos obscurecidos.
Galáxia em formato espiral é observada por telescópio da Nasa; VEJA
Telescópio Espacial James Webb encontra as galáxias
A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) divulgou as primeiras imagens coloridas obtidas pelo telescópio espacial no dia 12 de julho. O professor descreveu as galáxias como “muito grandes e brilhantes”.
A confirmação do achado de Joel Leja e dos seus co-autores de pesquisa está na obtenção de uma imagem do espectro das galáxias massivas, fornecedora de dados sobre “as distâncias reais e [...] os gases e outros elementos que compunham as galáxias”.
O professor explicou ao portal da Universidade da Pensilvânia, os dados obtidos seriam usados na modelagem de “uma imagem mais clara de como eram as galáxias e quão massivas elas realmente foram”.
Com eclipse solar, CONFIRA as previsões astronômicas para 2023