Roubo ou furto de celular: veja nove dicas para evitar prejuízos

Ferramentas de monitoramento, bloqueio e proteção podem auxiliar na redução do prejuízo quando o smartphone é subtraído; veja dicas e como se proteger

Smartphones facilitam diversos aspectos da vida: no aparelho é possível falar com amizades e familiares, compartilhar conteúdos, fazer compras e até realizar serviços financeiros. A quantidade de informações contidas no celular, no entanto, pode representar perigos em caso de roubo ou furto.

O prejuízo pode ultrapassar, e muito, o valor do aparelho perdido. O acesso aos aplicativos de bancos, por exemplo, é um sério risco. A possibilidade do roubo de contas em serviços online é outro perigo nestes casos.

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Para reduzir as chances de uma dor de cabeça ainda maior, O POVO separou dicas de proteção. Confira abaixo como melhorar a segurança em caso de roubo ou furto do smartphone.

1. Cuidado no uso de aplicativos bancários

Limitar aplicativos bancários no smartphone ajuda a evitar prejuízos financeiros
Limitar aplicativos bancários no smartphone ajuda a evitar prejuízos financeiros (Foto: @jcomp/FreePik)

O maior risco, possivelmente, é o acesso indevido às contas bancárias que estejam no aparelho. Como aplicativos permitem solicitar empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e fazer transferências pelo celular, existe o perigo de o prejuízo chegar a dezenas de milhares de reais.

Uma série de medidas podem ser tomadas para reduzir a chance de problemas grandes. Elas envolvem limitar a exposição das contas ao risco de um celular roubado ou furtado.

Limitando aplicativos de bancos no celular

A mais simples, embora trabalhosa, é sempre desinstalar aplicativos de bancos e carteiras digitais ao ir a eventos grandes, como shows, partidas de futebol ou concentrações carnavalescas. Pode ser cansativo reinstalar cada um ao voltar para casa, mas a tranquilidade de que um único crime não vai comprometer toda a sua renda certamente compensa.

Uma medida meio-termo, no caso, é deixar apenas um serviço financeiro ativo no aparelho, com limites reduzidos para transferências e desativando a possibilidade de solicitar empréstimos, financiamentos ou cartões. Deste modo, mantém-se a conveniência de fazer pagamentos pelo smartphone, mas com chances menores de prejuízo.

Usando um "celular do pix" dedicado

Quem tem condições de manter mais de um aparelho também pode usar a tática do "celular do pix". Neste caso, um smartphone com apenas um aplicativo financeiro é usado ao sair. Outro, mais simples, tem acesso a todos os bancos do usuário, mas fica guardado em casa.

Este segundo celular é, então, usado apenas para transações, como pagar contas ou fazer transferências que não precisem ser realizadas fora de casa. O aparelho principal, por sua vez, pode ser usado sem medo de causar prejuízos grandes.

2. Conheça as ferramentas de localização e bloqueio

Aparelhos Android contam com o Encontre Meu Dispositivo, que pode ser acessado clicando aqui. Para iPhones, o aplicativo Buscar serve a mesma função, e tem a versão online neste link.

Em ambos os casos, é possível ver a última localização do celular, bloquear totalmente o acesso a ele e, em último caso, apagar o conteúdo do smartphone. Nos modelos mais recentes, mesmo após restaurar os padrões de fábrica, não é possível usar o aparelho sem inserir o e-mail e a senha usados antes da formatação.

Algumas fabricantes incluem funções adicionais. Celulares Samsung, por exemplo, podem ser configurados para não permitir que sejam desligados na tela de bloqueio. Isso garante que o aparelho seguirá rastreável enquanto houver sinal de internet.

3. Ative a autenticação em dois fatores

Conhecida pela sigla em inglês 2FA, a autenticação em dois fatores é uma camada adicional de segurança para serviços online. Em suma, além da senha, é necessário inserir um código de uso único para acessar a conta em um site ou aplicativo.

A autenticação em dois fatores precisa ser configurada individualmente em cada serviço online. A maioria deles, no entanto, já inclui a opção ativada por padrão ao criar uma conta.

É preciso se atentar ao método usado para envio do código. Alguns serviços mandam a senha de uso único por e-mail e outros por WhatsApp, embora a maioria use SMS para autenticação. Em todos os casos, o ideal é ter opções adicionais de segurança ativadas, veja abaixo nos pontos 4 e 6.

4. Use um código PIN no chip do celular

Colocar código PIN para acesso ao chip impede que criminosos recebam o código para login em serviços que usam autenticação de dois fatores
Colocar código PIN para acesso ao chip impede que criminosos recebam o código para login em serviços que usam autenticação de dois fatores (Foto: @tomekwalecki/Pixabay)

Popular no começo dos anos 2000, a proteção do chip com um PIN caiu em desuso nos últimos anos. A feramenta foi considerada obsoleta por muitos usuários após os smartphones popularizarem as telas de bloqueio com senha, reconhecimento facial ou impressão digital.

Com diversos serviços online usando a autenticação de dois fatores, no entanto, o uso do PIN volta a ter importância. Vários sites solicitam um código enviado por SMS para o acesso a contas, ou mesmo para troca de senhas.

Com o bloqueio pelo PIN, o chip fica impossibilitado de receber e enviar chamadas ou mensagens até receber a senha correta, de quatro dígitos. A função pode ser ativada nas configurações de segurança do celular, e se mantém ativa mesmo caso o SIM card seja inserido em outro aparelho.

5. Anote o IMEI do aparelho

IMEI é um número de série único para cada celular. Não há dois aparelhos com o mesmo IMEI em todo o mundo. Deste modo, ele pode ser usado para impedir que o smartphone seja usado com chips, ainda que os criminosos tenham conseguido passar o bloqueio por senha.

O IMEI fica registrado na caixa do celular, em uma etiqueta na parte externa. Caso não tenha mais a caixa, é possível descobri-lo digitando o código *#06# no aplicativo de telefone. Aparelhos com suporte a vários chips costumam ter um IMEI para cada leitor, seja do SIM card físico, seja do eSIM.

Anote este número e guarde-o em segurança, em casa. Com o IMEI e a nota fiscal do aparelho, é possível solicitar o bloqueio do celular roubado em qualquer operadora. Com isso, ele não poderá se conectar mais a nenhuma rede móvel.

6. Limite notificações

A maioria dos smartphones atuais permite limitar, de várias formas, as notificações exibidas na tela de bloqueio. É possível configurar para que seja exibido todo o conteúdo, parte dele, ou nenhum.

Cada opção atende diferentes necessidades de equilíbrio entre segurança e conveniência. Pode-se exibir, por exemplo, qual contato falou com você no WhatsApp, o conteúdo inteiro da mensagem, ou apenas que há algo a ser visto no aplicativo. Também é possível desativar totalmente as notificações na tela de bloqueio.

As alternativas disponíveis variam de acordo com a fabricante do celular, e costumam ser personalizáveis para cada aplicativo. As opções podem ficar no menu de notificações ou no de privacidade, nas configurações do smartphone.

7. Não repita senhas, nem deixe-as anotadas no celular

Manter senhas salvas no aplicativo de notas é perigoso, pois criminosos podem acessar o conteúdo em caso de roubo do celular
Manter senhas salvas no aplicativo de notas é perigoso, pois criminosos podem acessar o conteúdo em caso de roubo do celular (Foto: Brett Jordan/Unsplash)

Com tantas contas em redes sociais, e-mails, bancos, sites diversos, pode ser difícil lembrar o acesso de cada uma. Aqui há duas tentações comuns: usar a mesma senha em vários serviços diferentes, e mantê-las anotadas em um aplicativo como bloco de notas. Ambas apresentam riscos grandes.

Não é raro que hackers consigam invadir sites e ter acesso ao cadastro de milhares ou mesmo milhões de clientes, incluindo endereços de e-mail e senhas - que podem estar ou não criptografadas. Ao usar a mesma autenticação para vários serviços, basta que um deles seja comprometido para que todos fiquem vulneráveis ao roubo de contas.

Manter as senhas no aplicativo de notas, por sua vez, permite que um celular roubado dê acesso fácil a todas as suas contas. Basta que o aparelho seja subtraído com a tela desbloqueada e os criminosos terão passe livre para qualquer serviço que esteja listado.

8. Desconecte sites e redes sociais

Caso o aparelho seja roubado ou furtado, também é importante garantir que o acesso a aplicativos como e-mail, sites e redes sociais seja cortado do aparelho. Mesmo com outras medidas de proteção, serviços online que estejam conectados podem ser comprometidos.

Para se proteger nestas situações, é necessário fazer login em cada serviço, usando outro celular ou um computador, e ativar a opção "desconectar de todos os dispositivos" nas configurações de segurança. Com isso, criminosos não terão acesso às suas contas.

9. Mantenha o celular atualizado

Por fim, é importante sempre ter a última versão do sistema operacional instalada no smartphone. Um aparelho desatualizado está sujeito a uma série de riscos de segurança que já podem ter soluções disponíveis.

Sistemas antigos podem ter bugs que permitem, por exemplo, burlar a tela de bloqueio sem inserir a senha. Outra possibilidade é de um smartphone desatualizado estar vulnerável a brechas que podem ser exploradas ligando o aparelho a um computador.

Muitas fabricantes realizam atualizações automáticas nos aparelhos, detectando o horário em que o celular não está sendo utilizado para fazer a instalação. Ainda assim, é saudável checar nas configurações, esporadicamente, se há novas versões do sistema disponíveis.

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