Twitter Blue: nova verificação causa transtornos e contas falsas se proliferam
O novo dono do Twitter, Elon Musk, é o responsável pela idealização da "compra" do selo de verificação, que antes indicava contas oficiais de empresas e pessoas públicas.Na quinta-feira, 10, o Twitter lançou sua nova ferramenta de verificação de contas na plataforma: o Twitter Blue. A partir de hoje, usuários que paguem cerca de $7.99 dólares terão acesso àquela marquinha azul ao lado do nome, uma forma de diferenciar contas pessoas de perfis de entidades, políticos, instituições e empresas.
Em meio às novidades trazidas ao app por Elon Musk, o bilionário por trás da Tesla e o mais recente dono da rede social, os usuários aproveitaram a chance de serem verificados pela primeira vez, o que causou transtornos na timeline - como se chama a página principal do Twitter, onde é possível ver os tweets de quem você segue.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Isso porque, a partir do momento que qualquer um pode pagar e ter sua conta verificada, a ferramenta não cumpre sua função principal - que é de assegurar os usuários de que aquele perfil é verdadeiro. Diversas pessoas mudaram nomes e fotos de perfil para comprar o selo de verificação, fingindo ser contas oficiais como a Verve, desenvolvedora de jogos, e a Nintendo americana, produtora de consoles e games.
A última semana vem sendo bem turbulenta para Musk no controle do Twitter. Cerca de metade dos funcionários globais da empresa foram demitidos em massa, por meio de emails, na semana passada; três dias atrás, Musk pediu que uma parte deles retornasse, pois tinham sido demitidos por engano, e seu trabalho seria necessário para implementar as mudanças que o bilionário gostaria de fazer.
Após as demissões em massa, boa parte dos anunciantes que patrocinavam o funcionamento do Twitter, que já é uma rede social com dificuldades sobre sua rentabilidade, abandonaram a plataforma. Empresas como Oreo, Pfizer, Audi, Volkswagen, Disney, e Haagen-Dasz são algumas das que não financiam mais a rede social.
Até ícones religiosos, como Jesus Cristo, estão sendo "imitados" por pessoas que compram o selo de verificação da empresa e o aplicam no perfil.
As mudanças na dinâmica da verificação causaram mais distúrbios na parte americana do Twitter, onde as imitações chegam até mesmo a ex-presidentes, como George W. Bush, e a figuras polêmicas, como O.J. Simpson, ex-jogador de futebol americano, acusado de matar a esposa Nicole Brown Simpson nos anos 90, um dos casos criminosos mais célebres da cultura norteamericana.