Elon Musk conclui compra do Twitter e demite executivos

Negociação, que se arrastava há meses após briga judicial, chegou ao fim nesta sexta-feira, 28; bilionário Elon Musk demitiu três chefes do alto escalão

Finalmente acabou a novela: na madrugada desta sexta-feira, 28, Elon Musk comprou o Twitter. A notícia foi compartilhada pelo próprio bilionário na própria rede social.


Com a negociação concluída, a primeira ação tomada pelo novo dono foi demitir altos executivos da empresa. Parag Agrawal, CEO da empresa, Ned Segal, chefe da parte financeira, e Vijaya Gadde, que liderava a parte de questões legais e regulamentação, foram as primeiras baixas. Os três eram duramente criticados por Musk.

O dono da Tesla e da SpaceX prometeu "ampliar a liberdade de expressão" na plataforma. A expectativa é que ele ordene a revisão do banimento vitalício de contas, o que pode incluir o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que teve a conta "suspensa em definitivo" por estimular ataques contra a sede do Congresso Nacional de seu país.

Bilhões de dólares, processo e demissões: Elon Musk no Twitter

A saga da venda do Twitter começou há quase sete meses. Em abril, Elon Musk comprou cerca de 9% das ações da empresa, se tornando seu maior acionista individual.

A rede social chegou a oferecer ao bilionário uma posição no conselho diretor. Após inicialmente ter aceitado a oferta, Musk recuou, devido ao limite imposto aos participantes da instância de deter, no máximo, 15% da empresa. Em seguida, ele anunciou que estava disposto a comprar o Twitter inteiro.

O valor proposto por Musk para a compra do Twitter foi de aproximadamente US$ 44 bilhões (cerca de R$ 235 bilhões). Além de dinheiro do próprio bolso, o bilionário negociou financiamentos com bancos e fundos de investimento especializados em empresas de tecnologia.

Alguns dias depois, o conselho diretor aceitou a oferta do bilionário. No entanto, uma série de desentendimentos aconteceria após o acordo.

Uma das principais críticas do bilionário seria referente ao uso de bots. Segundo a rede social, as contas automatizadas, que muitas vezes compartilham spam e conteúdos falsos, não somam mais de 5% dos usuários do Twitter. Musk duvidou da afirmação, e pediu acesso a documentos internos da empresa para fazer uma auditoria própria.

O pedido foi negado e, em julho, Musk anunciou que estava desistindo de comprar o Twitter. Em seguida, a empresa abriu um processo para obrigar o bilionário a seguir em frente com a negociação. Nos meses seguintes, houve troca de acusações entre ambas as partes.

No começo deste mês, outra reviravolta: Elon Musk desistiu de desistir e afirmou que, por fim, compraria o Twitter. A juíza responsável pelo processo deu até o fim desta sexta-feira para que ele e a empresa chegassem em um acordo definitivo, caso contrário o processo voltaria a correr.

Na quarta-feira, 26, ele publicou um vídeo entrando na sede do Twitter. Musk também mudou, em seu perfil na rede, a localização para o mesmo lugar, e a descrição para "chief twit". Até aquele momento, porém, a compra ainda não estava fechada.

Na noite da quinta-feira, 27, os detalhes finais parecem ter sido ajustados. Por volta das 21 horas, no horário local, ele publicou a mensagem. Em seguida, demitiu os executivos, que estavam na sede da empresa e foram escoltados por seguranças.

Não são as únicas demissões planejadas por Musk: na semana passada, documentos vazados indicaram que ele pretendia colocar na rua cerca de 75% dos 7.500 funcionários do Twitter. Após a notícia se espalhar, ele anunciou que os cortes seriam menores, mas ainda aconteceriam.

Com a compra finalizada, Elon Musk deve se tornar CEO interino do Twitter. Não há um prazo para que ele anuncie alguém para ocupar o cargo em definitivo.

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