Vazamentos revelam que Uber violou leis e enganou autoridades, diz jornal
Periódico britânico The Guardian teve acesso a informações vazadas sobre a Uber que revelam práticas ilegais da empresa em um período que chega a pelo menos cinco anosA empresa de transporte por aplicativo Uber violou leis e escondeu informações de governos em diferentes países, além de pressionar autoridades em benefício próprio. A informação foi divulgada nesta domingo, 10, pelo jornal britânico The Guardian, que afirmou ter tido acesso a mais de 124 mil documentos vazados que expõem as práticas ilegais.
De acordo com o jornal, o vazamento contém materiais de cinco anos em que a Uber era administrada por seu cofundador Travis Kalanick. O executivo teria introduzido os serviços da empresa em cidades ao redor do mundo violando leis e regulamentos locais. Durante a gestão, e empresa teria criado uma técnica para esconder e se livrar de informações caso algum escritório fosse investigado.
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Ainda de segundo o jornal, a empresa se aproximou de políticos e grandes nomes da mídia ao redor do mundo em busca de apoio. Joe Biden, quando era vice-presidente dos Estados Unidos, e Emmanuel Macron, quando era ministro da Economia da França, foram alguns desses nomes. Além disso, mensagens vazadas deixaram a entender que os executivos da Uber sabiam das práticas ilegais e faziam piada com isso.
O que disse a Uber?
A Uber admitiu "erros e equívocos", mas disse que foi transformada desde 2017 sob a liderança de seu atual presidente-executivo, Dara Khosrowshahi. "Não temos e não vamos dar desculpas para comportamentos passados que claramente não estão alinhados com nossos valores atuais", afirmou. "Em vez disso, pedimos ao público que nos julgue pelo que fizemos nos últimos cinco anos e pelo que faremos nos próximos anos", afirmou a empresa em um comunicado enviado ao jornal.