Jornal português é hackeado por grupo que atacou Ministério da Saúde
Periódico Expresso, um dos mais tradicionais do país europeu, teve site e perfil do Twitter invadidos pelo Lapsus Group, que também obteve controle de outros portais do mesmo grupo de comunicaçãoO jornal português Expresso foi atacado por hackers na madrugada deste domingo, 2. Os responsáveis pela invasão são o Lapsus Group, mesma equipe que deixou sistemas do Ministério da Saúde fora do ar no último mês de dezembro.
O site do jornal exibe uma página similar à que foi mostrada no ataque ao órgão governamental brasileiro. Os hackers anunciaram que vazarão dados caso não recebam um valor, e disseram ter controle do sistema de hospedagem do portal. Nem as informações roubadas nem a quantia exigida foram detalhados.
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No perfil do Expresso no Twitter, a seção que incluía o site do veículo foi mudada para o canal do grupo no aplicativo de mensagens Telegram, e uma publicação com o mesmo link e o texto "Lapsus$ é oficialmente o novo presidente de Portugal" foi fixada na página. Outras redes sociais do jornal, como Instagram, Facebook e LinkedIn, aparentemente não foram afetadas.
O Expresso é parte do grupo de comunicação Impresa, que também tem veículos como a rede de televisão SIC e o site de notícias sobre música Blitz. O sites do grupo (institucional), da rede SIC e o Blitz também foram afetados pelo ataque.
Grupo que invadiu jornal Expresso atacou Ministério da Saúde em dezembro de 2021
No último mês de dezembro, o mesmo grupo havia tirado do ar alguns sites do Ministério da Saúde do Brasil. À época, diversos sistemas ficaram indisponíveis, inclusive a emissão de comprovantes de vacinação contra a Covid-19.
O aplicativo ConecteSUS, que também foi afetado na invasão ao órgão, ficou fora do ar por semanas. Até o momento, ele segue com instabilidades e apresenta informações incompletas aos usuários.
Lapsus Group diz ter roubado documentos da operadora Claro
O Lapsus Group também reivindica a autoria de um ataque contra a operadora Claro, na última semana do ano passado. Os serviços da empresa, como canais de atendimento, recarga de telefones pré-pagos e sistemas internos das lojas, ficaram fora do ar entre os dias 27 e 29 de dezembro.
O Procon-SP chegou a notificar a operadora a respeito da falha, e a empresa pode ser multada em até R$ 11 milhões. A Claro diz que o problema ocorreu devido a "uma instabilidade sistêmica", e nega que tenha havido invasão.
Os hackers, por sua vez, publicaram capturas de tela de sistemas internos da operadora, e alegam ter tido acesso a 10.000 TB de dados. O site Tecnoblog, especializado em notícias de tecnologia, obteve confirmação com funcionários da Claro de que as imagens são legítimas, e que a empresa teria de fato sofrido a invasão virtual.