Jornal português é hackeado por grupo que atacou Ministério da Saúde
Periódico Expresso, um dos mais tradicionais do país europeu, teve site e perfil do Twitter invadidos pelo Lapsus Group, que também obteve controle de outros portais do mesmo grupo de comunicação
05:01 | Jan. 02, 2022
O jornal português Expresso foi atacado por hackers na madrugada deste domingo, 2. Os responsáveis pela invasão são o Lapsus Group, mesma equipe que deixou sistemas do Ministério da Saúde fora do ar no último mês de dezembro.
O site do jornal exibe uma página similar à que foi mostrada no ataque ao órgão governamental brasileiro. Os hackers anunciaram que vazarão dados caso não recebam um valor, e disseram ter controle do sistema de hospedagem do portal. Nem as informações roubadas nem a quantia exigida foram detalhados.
No perfil do Expresso no Twitter, a seção que incluía o site do veículo foi mudada para o canal do grupo no aplicativo de mensagens Telegram, e uma publicação com o mesmo link e o texto "Lapsus$ é oficialmente o novo presidente de Portugal" foi fixada na página. Outras redes sociais do jornal, como Instagram, Facebook e LinkedIn, aparentemente não foram afetadas.
O Expresso é parte do grupo de comunicação Impresa, que também tem veículos como a rede de televisão SIC e o site de notícias sobre música Blitz. O sites do grupo (institucional), da rede SIC e o Blitz também foram afetados pelo ataque.
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Grupo que invadiu jornal Expresso atacou Ministério da Saúde em dezembro de 2021
No último mês de dezembro, o mesmo grupo havia tirado do ar alguns sites do Ministério da Saúde do Brasil. À época, diversos sistemas ficaram indisponíveis, inclusive a emissão de comprovantes de vacinação contra a Covid-19.
O aplicativo ConecteSUS, que também foi afetado na invasão ao órgão, ficou fora do ar por semanas. Até o momento, ele segue com instabilidades e apresenta informações incompletas aos usuários.
Lapsus Group diz ter roubado documentos da operadora Claro
O Lapsus Group também reivindica a autoria de um ataque contra a operadora Claro, na última semana do ano passado. Os serviços da empresa, como canais de atendimento, recarga de telefones pré-pagos e sistemas internos das lojas, ficaram fora do ar entre os dias 27 e 29 de dezembro.
O Procon-SP chegou a notificar a operadora a respeito da falha, e a empresa pode ser multada em até R$ 11 milhões. A Claro diz que o problema ocorreu devido a "uma instabilidade sistêmica", e nega que tenha havido invasão.
Os hackers, por sua vez, publicaram capturas de tela de sistemas internos da operadora, e alegam ter tido acesso a 10.000 TB de dados. O site Tecnoblog, especializado em notícias de tecnologia, obteve confirmação com funcionários da Claro de que as imagens são legítimas, e que a empresa teria de fato sofrido a invasão virtual.
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