Xiaomi anuncia celular Mi 11, novo topo de linha da empresa

Aparelho tem três câmeras na traseira, com sensor principal de 108 megapixels, tela de 6,81" com leitor de impressão digital integrado, além de bateria com carregamento ultra rápido

22:43 | Dez. 28, 2020

Por: Bemfica de Oliva
CEO da Xiaomi, Lei Jun, apresenta opções de cor do novo celular Mi 11; vendas começam em 1º de janeiro na China, mas não há previsão de disponibilidade no Brasil ou em outros países (foto: Divulgação/Xiaomi)

A Xiaomi, fabricante chinesa de eletrônicos que voltou a vender aparelhos no Brasil em 2019, anunciou, nesta segunda-feira, 28, seu novo aparelho topo de linha, o Mi 11. O aparelho conta com especificações próprias de um produto da categoria, como câmera tripla na traseira, tela com leitor de impressões digitais integrado, além da bateria com carregamento ultra rápido.

Uma polêmica envolvendo o aparelho foi minimizada durante o lançamento. Inicialmente foi anunciado que o Mi 11 viria sem carregador na caixa, similar às medidas adotadas pela Apple e pela Samsung — que chegou a causar problemas no Brasil para a fabricante estadunidense. No entanto, foi informado durante o evento que clientes que desejarem receber o carregador poderão solicitá-lo durante a compra, e não será cobrado valor adicional pelo acessório.

Tela do Xiaomi Mi 11

O display do aparelho tem 6,81" de diagonal, usa tecnologia Amoled (que garante melhor contraste e cores mais vívidas) e possui leitor de impressões digitais integrado. A resolução é WQHD+ - 3200 x 1440 pixels. O painel vem ainda com profundidade de 10 bits, o que significa que ele é capaz de reproduzir até um bilhão de cores simultaneamente, enquanto a maioria dos smartphones hoje é limitado a 16 milhões.

A tela é curva nos quatro lados, com as laterais sendo mais acentuadas que as partes superior e inferior. No canto superior esquerdo, há um pequeno entalhe para a câmera frontal. A taxa de atualização de 120 Hz ajuda a tornar as animações mais fluidas, enquanto a taxa de toques, de 480 Hz, aumenta a sensibilidade do display.

Câmera do Xiaomi Mi 11

O smartphone conta com três câmeras na traseira, abrigadas em um entalhe ovalado. O sensor principal tem 108 MP e estabilização ótica de imagem, além de filmagem em resolução 8K, 16 vezes maior que Full HD. Há ainda uma lente grande-angular de 13 MP e uma de 5 MP para fotos macro. Para imagens à noite, um flash duplo auxilia na iluminação.

Na frente, um sensor de 20 MP se encarrega das selfies e chamadas de vídeo. A filmagem frontal é limitada à resolução Full HD.

Bateria do Xiaomi Mi 11

Para fornecer energia ao celular, a Xiaomi incluiu uma bateria de 4.600 mAh. Apesar de o componente não estar muito acima da média para a categoria, ele deve durar um dia inteiro de uso moderado a intenso. Caso seja necessário repor a energia antes disso, o carregamento ultra rápido de 55 W promete ir de 0 a 100% em 45 minutos.

Quem prefere carregamento sem fios, a tecnologia possui velocidade de 50 W no Mi 11. No entanto, é necessário comprar um carregador próprio da Xiaomi para atingir esta velocidade, pois o acessório não é incluído com o aparelho. É possível também usar o celular para carregar outros eletrônicos, com a recarga sem fio inversa, que possui 10 W de potência.

Especificações e performance do Xiaomi Mi 11

Internamente, o aparelho possui versões com 128 ou 256 GB de armazenamento com tecnologia UFS 3.1, a mais rápida disponível atualmente. Na capacidade maior, é possível escolher 8 ou 12 GB de RAM, enquanto na menor há apenas a opção de 8 GB.

O processador é um Snapdragon 888, modelo topo de linha da Qualcomm, anunciado no começo deste mês - é o primeiro celular a ser lançado com este componente. Ele possui oito núcleos, sendo quatro de alta performance e quatro de desempenho moderado, para tarefas menos exigentes.

Rodando neste conjunto está o Android 11, versão mais recente do sistema, e por cima a interface MIUI 12.5, que foi anunciada hoje junto com o aparelho. Ela chegará a outros aparelhos da Xiaomi nos próximos meses.

Na conectividade, há suporte a redes 5G (que começarão a operar oficialmente no Brasil apenas em 2021), Bluetooth 5.2, WiFi 6 e seis sistemas de navegação, incluindo GPS. A conexão cabeada é feita por uma porta USB tipo C.

Design e construção do Xiaomi Mi 11

Por fora, o celular traz bordas em metal, com a traseira podendo ser de vidro ou couro vegano. O primeiro material pode ser comprado nas cores preto, branco e azul, enquanto o segundo traz as opções marrom cáqui e cinza. Há ainda uma edição especial com vidro texturizado e assinatura do presidente da Xiaomi, Lei Jun

Disponibilidade, vendas e preço do Xiaomi Mi 11

O aparelho será vendido no modelo "flash sale", em que poucas unidades são disponibilizadas em sites de comércio eletrônico em dia e hora previamente anunciados, e as vendas são limitadas ao estoque fornecido. A primeira leva poderá ser comprada em 1º de janeiro de 2021.

A versão mais básica, com 128 GB de armazenamento e 8 GB de memória RAM, tem preço de 3.999 yuans, o equivalente a cerca de R$ 3.200 em conversão direta. Para levar o modelo mais caro, com 256 GB de armazenamento e 12 GB de RAM, é necessário desembolsar 4.699 yuans, ou aproximadamente R$ 3.800.

Por enquanto, o Xiaomi Mi 11 será vendido apenas na China. Não há ainda informações sobre disponibilidade internacional ou vendas no Brasil. A Xiaomi costuma, porém, trazer os aparelhos topo de linha para o País. Atualmente o Mi 10T está disponível por valores que vão de R$ 5.979 (128 GB) a R$ 7.359 (512 GB).

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