Saiba o que fazer para garantir a segurança dos seus dados antes de vender um celular antigo
O POVO conversou com um especialista em segurança digital e fez uma lista com o passo a passo para garantir que seus dados pessoais não caiam em mãos erradasVocê já parou para pensar sobre o que seu celular guarda sobre sua vida? Fotos, contatos, conversas pessoais e dados bancários são algumas das informações que deixamos na memória do equipamento. Uma prática comum, no entanto, é a troca constante do aparelho. Uma pesquisa realizada pela empresa Qualcomm em 2017, concluiu que os brasileiros adquirem um novo aparelho a cada dois anos.
Joel Teixeira, especialista em segurança digital da empresa Morphus, lembrou que a troca pode ser perigosa para o usuário se algumas precauções não forem tomadas. Um backup mal feito, por exemplo, pode fazer com que o novo proprietário do aparelho consiga recuperar os arquivos que foram apagados antes da venda.
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Outra prática alertada por Joel é destinada aos usuários do Android. As fabricantes que usam o sistema operacional, como a Samsung e a Motorola, costumam permitir que os consumidores expandam a memória do aparelho por meio de um cartão Micro SD.
Na hora de passar o aparelho para frente, no entanto, alguns usuários acabam até mesmo esquecendo de tirar o cartão, às vezes recheado com fotos e informações pessoais. Mesmo que lembre de formatar o cartão, a segurança não é garantida — em relação à memória do celular, é mais fácil recuperar arquivos que foram apagados anteriormente pelo usuário. A recomendação, portanto, é não vender o dispositivo junto ao celular, mas guardá-lo para outro aparelho.
O POVO preparou um passo a passo para fazer antes de vender um celular para garantir a segurança das suas informações. Confira:
1. Faça (mais de um) backup!
Definitivamente, não está nos planos de ninguém perder as fotos da viagem que nunca será esquecida e até hoje gera comentários nas reuniões de família. Ter o “backup do backup” é um prática recomendada pelos especialistas para que registros como esse não sejam perdidos. E isso se intensifica quando um aparelho que armazena as informações não será mais seu.
Além de fazer o backup nativo de cada aparelho, o recomendado é copiar os arquivos para um HD externo e investir em outras plataformas de nuvem, como Google Drive ou Dropbox. Após esses cuidados, Joel recomenda que o usuário volte a checar se todos os arquivos foram copiados para as plataformas para poder excluir do aparelho.
2. Resete o aparelho para configurações de fábrica
Além de apagar os dados, retornar o aparelho para as configurações de fábrica é útil para criptografar as informações: mesmo que elas sejam recuperadas por hackers, estarão em formato de código. A forma de fazer isso varia em cada aparelho, mas pode ser encontrada por meio das configurações.
Quando um dado é “apagado” por meio do sistema, o espaço que ele ocupa é disponibilizado para ser ocupado por outro arquivo, que será gravado por cima dele. Isso possibilita que informações deletadas sejam recuperadas em alguns casos. “A única forma de apagar o arquivo efetivamente é preencher o espaço com informação nula, o chamado ‘zero fill’”, defendeu Teixeira.
3. Descadastre o aparelho das plataformas
O principal perigo desse ponto é em relação às informações bancárias. Quando compramos um celular novo, avisamos ao banco que aquele é nosso número e que ele pode confiar nas ações feitas por ele. Quando isso não for mais verdade, devemos também informar à instituição financeira, para que o aparelho seja desvinculado da conta.
Esse procedimento também deve ser realizado com outras plataformas, como o Google e a Apple Store, que armazenam informações como a localização do dispositivo e ainda possibilitam que o usuário apague todas as informações do celular de forma remota.
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