"Eu sei que parece com Black Mirror", diz Elon Musk sobre chip que fará monitoramento do cérebro
Implantado através de uma pequena cirurgia, o dispositivo, que está sendo testado em porcos, pretende resolver problemas cerebrais e de paralisia motoraJá pensou em ter um chip conectado a computadores e implantado no seu cérebro? O bilionário Elon Musk quer que isso vire realidade em breve com seu projeto do Neuralink, apresentado em transmissão ao vivo na última semana. De acordo com o empresário, fundador da SpaceX, a principal intenção do produto é resolver possíveis problemas na coluna ou cerebrais, como depressão e insônia. Atualmente, o produto está sendo testado em porcos.
Musk defende que o monitoramento dos sinais elétricos emitidos pelo organismo e transmitidos para os neurônios é fundamental para que problemas possam ser diagnosticados com antecedência e se chegue a uma solução. “Todos os sentidos, como visão e audição, enviam sinais ao cérebro. Se você corrige esses problemas a tempo, é possível prevenir um ataque cardíaco ou um derrame, por exemplo”, explica.
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Além de monitorar os sinais, o aparelho ainda é capaz de se conectar com o celular do usuário por meio de Bluetooth e fazer outras funções “convenientes”, como definiu Musk.
Entre elas, o usuário pode ouvir música ou até mesmo jogar videogames, ainda que tenha alguma limitação motora que o impeça de fazer isso com plataformas tradicionais. Musk ainda espera que no futuro as pessoas possam salvar e rever memórias através do dispositivo. “Eu sei que isso parece cada vez mais como um episódio de Black Mirror, mas acho que é uma previsão muito provável”, disse.
O implante do chip poderá ser feito através de uma pequena cirurgia, que durará menos de uma hora, não exigirá que o paciente passe mais de um dia no hospital e nem precise passar por anestesia geral. O dispositivo, do tamanho de uma moeda e com alguns fios, substituirá um pedaço do crânio e se ligará ao cérebro. A ideia de Musk é que seja implantado por meio de um robô, que também está desenvolvimento, para evitar possíveis danos neurológicos.
“Você pode resolver a cegueira, paralisias, problemas de audição... é possível resolver muitos problemas interagindo com o córtex cerebral (região que o dispositivo é capaz de atingir nessa primeira versão)”, enfatizou Musk. Atingir áreas mais profundas do cérebro, possibilitando a resolução de outros problemas, também é uma intenção futura dos pesquisadores, conforme explicou o neurocientista-chefe do Neuralink, Matthew Mcdougall.
Durante a transmissão, Elon Musk ainda garantiu que todo o processo de criação do produto acontecerá em diálogo com a FDA (Food and Drug Administration), agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. O empresário ressaltou que a cirurgia não é definitiva e o chip pode ser retirado caso o consumidor se arrependa ou deseje comprar uma versão mais avançada do dispositivo.
Para o uso diário, é necessário carregar o aparelho durante a noite. Nesse período, através de um carregador indutivo, que funciona como uma espécie de sensor magnético, os consumidores conseguem garantir carga para o dia seguinte inteiro.
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