Com foco no mercado de e-sports, Valorant é lançado oficialmente no Brasil
O jogo, desenvolvido pela mesma empresa que fez League of Legends, já movimenta jogadores profissionais do Ceará
Os fãs de jogos de tiro em primeira pessoa receberam mais um aguardado lançamento nesta terça-feira, 2. O jogo Valorant, criado pela Riot Games, mesma empresa que desenvolveu League of Legends, tem como proposta a mescla de conceitos táticos de jogabilidade e personagens de habilidade única, como acontece em Overwatch, título conhecido do gênero.
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Com lançamento do jogo durante os protestos recentes em decorrência da morte de George Floyd, nos Estados Unidos, o CEO da Riot Games, Nicolo Laurent, divulgou uma carta para os jogadores. Ele lamentou a “imensa dor” que a comunidade negra americana está passando durante as dificuldades já impostas anteriormente pela pandemia.
“Apesar dos desafios que estamos enfrentando nos Estados Unidos e no mundo inteiro neste momento, queremos que você tenha a chance de se juntar à comunidade e criar memórias positivas no meio de tudo que está pesando sobre nós. Esperamos que Valorant seja um pequeno brilho para você durante esse período sombrio”, disse.
E-sports no Ceará
Com foco no cenário competitivo, a comunidade de e-sports (esporte eletrônico) já está se movimentando para inserir o título na agenda de campeonatos. No último dia 28, a Riot Games anunciou que fará o primeiro torneio global do jogo com premiação de U$ 200 mil (cerca de R$ 1 milhão).
No Ceará, o jogador e influenciador de e-sports Matheus Skatz acredita que o jogo é uma oportunidade para que novos talentos do Estado possam ter destaque no mundo dos esportes eletrônicos. Ele defende que a mecânica diferenciada do título, quando comparada a outras obras do gênero, pode ser bem atrativa para a entrada e dedicação de novos jogadores.
Skatz explica, no entanto, que o sucesso dependerá de como a desenvolvedora incentivará o acesso ao jogo no país e, especificamente, no Estado, com promoção de campeonatos locais, por exemplo. “O Ceará é um grande celeiro de jogadores. Exportamos muitos talentos para o mundo e o jogo (Valorant) está todo estruturado pensando no cenário competitivo”, ressaltou.
Whalen Rozelle, diretor sênior de e-sports globais de Valorant, divulgou uma carta para explicar como os desenvolvedores estão se planejando para garantir a competitividade. “Queremos desenvolver um e-sport digno de prender sua atenção e interesse de forma duradoura. Nosso plano é tocar o processo seguindo três princípios fundamentais: integridade competitiva, acessibilidade e autenticidade”, afirmou.
Em maio do ano passado, O POVO entrevistou um estudante de física cearense, Ian Carvalho, que participou de um dos principais campeonatos nacionais de esporte eletrônico. “Meu plano, quando fui ao campeonato, se a gente subisse pra série B, era trancar a faculdade. Expliquei isso aos meus pais e não quiseram deixar no começo, mas eles confiaram bastante em mim. Nunca pensei em fazer isso pro resto da vida”, relatou.
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