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Aplicativo de combate ao trabalho escravo inclui 27 empresas na sua lista de monitoramento

O aplicativo, desenvolvido pela Organização Não-Governamental (ONG) Repórter Brasil, monitora as políticas adotadas pelas marcas no combate ao trabalho escravo
20:08 | Dez. 16, 2016
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[FOTO1]Tornar público quais as empresas que possuem responsabilidade com a sua cadeia produtiva é o objetivo do aplicativo Moda Livre. Reconhecido como principal referência no combate ao trabalho escravo na indústria de roupas pela Organização das Nações Unidas (ONU), o app acrescentou 27 novas empresas na sua lista de monitoramento nesta quinta-feira, 15. 

 

A ferramenta oferece as medidas que as marcas adotam para evitar que as suas peças sejam produzidas por mão-de-obra escrava. A iniciativa é da Organização Não-Governamental (ONG) de comunicação, Repórter Brasil, que tem como linha editorial abordar temáticas de direitos humanos, questões trabalhistas e o combate ao trabalho escravo.

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O coordenador do Moda Livre e jornalista da ONG, Carlos Juliano, informou ao O POVO Online que a proposta do aplicativo é de informar. “O objetivo não é indicar ao consumidor onde deve comprar ou onde é para deixar de comprar. A ideia é trazer ao público de forma acessível as políticas adotadas por cada empresa para melhorar a sua cadeia produtiva e para garantir o cumprimento da legislação trabalhista”, explicou.

 

Por ser uma organização de jornalistas, a Repórter Brasil busca atribuir as novas ferramentas tecnológicas para trazer informação da temática para o público. O Moda Livre é um exemplo desse trabalho.


Ao todo, são 101 marcas mundialmente conhecidas e de relevância nacional monitoras pelo aplicativo. Nesta quinta-feira, 15, entraram 27 novas empresas na lista. Dentre elas, estão as marcas Levi´s, Calvin Klein, a rede de fast fashion Forever 21, Nike, Puma entre outras. Das empresas nacionais , estão o Grupo Soma, responsável pela Farm e pela Animale, TNG, Osklen, Cavalera e as redes de lojas populares Besni e o magazine Torra Torra.

 

Carlos explica que o relacionamento da ONG com as empresa é relativo. Vai de acordo com cada empresa. Segundo ele, há marcas que já possuem um controle das condições de sua cadeia produtiva e fazem questão de torná-las transparentes. Entretanto, há outras que ainda estão em processo de amadurecimento.

 

“A cadeia produtiva da moda é muito subdivida e tem uma série de marcas que tercerizam suas produções. É comum que as empresas contratem fornecedores de roupas e esses fornecedores subcontratem firmas de pequeno porte para produzir. E é nessa etapa da produção que surgem as péssimas condições de trabalho”, detalhou o jornalista.

 

Carlos afirma que a função do Moda Livre é mostrar como as empresas controlam a sua cadeira produtiva. “Os órgãos competentes entendem que as empresas têm responsabilidade de toda a sua cadeira produtiva, independente dos serviços terceirizados”, comenta.

 

O aplicativo gratuito, criado em 2013, está disponível para iPhone e Android. Na ferramenta, é possível ver as políticas de cada empresa, que representa os compromissos assumidos para combater o trabalho escravo; as medidas utilizadas para fiscalizar seus fornecedores; ações para informar aos clientes como combatem o trabalho escravo, e o resumo do envolvimento em casos de trabalho escravo.

 

As marcas são avaliadas em três níveis: a cor verde destinada para as empresas com melhor avaliação, amarela para avaliação intermediária, e vermelha com o desempenho. Essas notas são baseadas nos questionário-padrão das marcas e grupos varejistas de moda em atividade no País. Além do monitoramento, o aplicativo traz ao consumidor notícias relacionadas ao trabalho escravo nas indústrias de roupas

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