Dentes amarelos: entenda as causas, como prevenir, tratamentos e mais
Alterações na cor dos dentes podem ocorrer por fatores genéticos, hábitos alimentares, tabagismo e envelhecimento; saiba como evitar e tratar o problema
O amarelamento dos dentes é um fenômeno comum, especialmente na vida adulta, e pode ocorrer por diferentes razões. Entre os principais fatores estão a pigmentação natural, o acúmulo de placa bacteriana, o consumo de alimentos e bebidas com corantes, o tabagismo e o envelhecimento.
Embora não seja uma condição prejudicial à saúde bucal por si só, manter os dentes brancos pode influenciar a autoestima e o bem-estar.
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Saúde bucal: SAIBA quais são as doenças causadas pela falta de higiene
Quais fatores contribuem para dentes amarelados?
Genética
A tonalidade dos dentes pode ser herdada geneticamente. Algumas pessoas possuem naturalmente dentes mais amarelados devido à composição da dentina, camada interna do dente que influencia sua coloração.
Segundo o cirurgião-dentista Mateus Sampaio, “o processo natural de envelhecimento dental também pode deixar os dentes mais escurecidos com o tempo”.
Tabagismo
O cigarro contém nicotina e alcatrão, substâncias que aderem ao esmalte dental e causam manchas com o tempo. O fumo também contribui para o desgaste do esmalte, tornando os dentes mais suscetíveis ao amarelamento.
Alimentação
Alimentos e bebidas pigmentadas, como café, vinho tinto, refrigerantes escuros, molho shoyu e alimentos industrializados, podem escurecer os dentes gradualmente. Além disso, o consumo excessivo de açúcar favorece a formação de placa bacteriana, o que pode intensificar a alteração na cor dos dentes.
De acordo com Sampaio, “é importante ter uma dieta balanceada, priorizando alimentos cariostáticos, como laticínios, carnes, ovos, legumes e grãos, pois ajudam a manter a saúde bucal”.
Uso de medicamentos
Certos antibióticos e medicamentos podem interferir na coloração dos dentes, tornando-os mais amarelados. “O exemplo clássico é a tetraciclina, que pode comprometer as estruturas dentárias se for utilizada durante a formação dos dentes. No entanto, esse medicamento vem sendo cada vez menos prescrito para crianças e gestantes”, explica o especialista.
Higiene bucal inadequada
A falta de escovação e o acúmulo de resíduos alimentares favorecem a formação de placas e tártaro, que podem causar manchas nos dentes. Manter uma rotina de higiene bucal é essencial para preservar a cor natural dos dentes e evitar problemas como cáries e gengivite.
“A melhor forma de prevenir o amarelamento dos dentes é realizando uma higiene bucal adequada para remover o biofilme bacteriano e evitar a formação do tártaro”, reforça Sampaio.
Como prevenir o amarelamento dos dentes?
Para manter os dentes mais brancos e evitar manchas indesejadas, algumas práticas podem ser adotadas no dia a dia:
- Evitar o consumo excessivo de alimentos e bebidas pigmentadas (café, chá, blueberry, beterraba, vinho tinto, shoyu ( molho de soja), catchup, açai, suco de uva, refrigerantes.
- Reduzir o consumo de tabaco e álcool;
- Manter uma rotina de higiene bucal rigorosa, escovando os dentes após as refeições;
- Utilizar creme dental com agentes clareadores;
- Realizar visitas regulares ao dentista para limpezas profissionais.
Segundo Mateus Sampaio, “o uso de pastas clareadoras pode ajudar a remover manchas superficiais, mas não alteram significativamente a cor dos dentes. Além disso, o uso excessivo pode ser abrasivo e desgastar o esmalte dental”.
Tratamentos para dentes amarelos
Quem deseja recuperar a cor original dos dentes pode recorrer a diferentes tratamentos odontológicos. O clareamento dental é um dos mais procurados e pode ser feito tanto em consultório quanto em casa, sob orientação profissional.
“O clareamento dental utiliza um gel clareador, geralmente à base de peróxido de hidrogênio ou de carbamida”, explica Sampaio. “Pode ser realizado no consultório ou de forma supervisionada, com o paciente aplicando o gel em uma moldeira por algumas horas diárias”.
Outra opção é a aplicação de facetas de porcelana ou resina, que proporcionam um sorriso mais branco e uniforme. A limpeza profissional também pode ser eficaz, removendo manchas superficiais e tártaro acumulado.
No entanto, nem todas as pessoas podem realizar o clareamento. “Crianças menores de 13 anos, gestantes, lactantes e pessoas alérgicas ao peróxido de hidrogênio ou de carbamida devem evitar esse procedimento. Além disso, pacientes com doenças gengivais ou cáries não tratadas devem corrigir esses problemas antes de considerar o clareamento”, alerta o dentista.
Para quem tem restaurações ou próteses dentárias, é importante lembrar que esses materiais não clareiam com o mesmo tratamento. “Nesses casos, pode ser necessário trocar as restaurações ou próteses para harmonizar com a nova tonalidade dos dentes naturais”, acrescenta.
Dentes amarelos: cuidados contínuos para um sorriso saudável

Manter a saúde bucal em dia é fundamental para evitar o escurecimento dos dentes e garantir um sorriso bonito e saudável. Além da higiene adequada, consultas regulares ao dentista permitem a identificação precoce de possíveis problemas.
A frequência da limpeza profissional pode variar de pessoa para pessoa. “Recomenda-se que seja feita a cada seis meses, mas pacientes com doença periodontal podem precisar de idas mais frequentes ao dentista”, informa Sampaio.
Outro fator a ser considerado são os retoques no clareamento dental. “Os efeitos do clareamento duram bastante tempo, mas, dependendo da exposição a fatores que mancham os dentes, pode ser necessário um retoque”, explica.
Por fim, o especialista alerta sobre o uso de métodos caseiros para clareamento. “Receitas como bicarbonato de sódio e carvão ativado podem remover manchas superficiais, mas são prejudiciais ao esmalte dentário e podem causar danos irreversíveis, incluindo sensibilidade”.
Seguindo essas orientações, é possível manter um sorriso saudável, evitando o escurecimento dos dentes e garantindo bons hábitos para a saúde bucal.
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