Pesquisa recruta voluntários para estudo de medicamento contra depressão
O Centro de Pesquisa também avaliará a eficácia e a segurança do novo medicamento para tratar depressão; entenda os critérios
A investigação da efetividade de um novo medicamento para tratar a depressão faz parte de estudo do Centro de Pesquisa Clínica do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN/Ebserh). Os pesquisadores envolvidos também procuram voluntários.
“Trata-se de um novo medicamento, com mecanismo de ação diferente”, destaca o psiquiatra Emerson Arcoverde Nunes. De acordo com o pesquisador, a ação acontece em outros receptores que não os usuais (serotonina, noradrenalina e dopamina).
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A previsão para realizar o estudo é de dois anos, incluindo 12 meses para recrutar os pacientes. Os voluntários precisam atender a alguns critérios: ter idade entre 18 e 74 anos; ter sido diagnosticado(a) com depressão moderada a grave; já ter utilizado antidepressivo, mas com resposta inadequada; saber ler e escrever.
Outros critérios de elegibilidade serão avaliados pelo pesquisador ou pelo centro de pesquisa.
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Pesquisa recruta voluntários: entenda estudo para novo medicamento
Ao O POVO, Arcoverde relata que a opção estudada pode auxiliar pacientes que “não tiveram melhora completa com as opções usuais de antidepressivos”. “Além disso, essa molécula tem a propriedade de ajudar no sono”, completa.
Alguns critérios de exclusão para voluntários incluem:
- Histórico recente (últimos 3 meses) ou sinais atuais de doenças graves, como problemas cardíacos, respiratórios, gastrointestinais, neurológicos, entre outros;
- Diabetes tipo 1 ou tipo 2 não controlado;
- Problemas na tireoide (hipotireoidismo ou hipertireoidismo não tratados);
- Doenças que afetam os hormônios do estresse, como doença de Cushing e doença de Addison.
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“O estudo quer demonstrar a possibilidade de um remédio único poder ajudar nos sintomas depressivos e na dificuldade de sono”, explica o psiquiatra.
Um dos objetivos da pesquisa é realizar a avaliação da eficácia e segurança do medicamento para a complementação dos antidepressivos em adultos e idosos com Transtorno Depressivo Maior.
“Durante todo o tratamento o sujeito de pesquisa é monitorado pela equipe, com visitas frequentes ao serviço para novas avaliações”, indica Emerson Arcoverde. Os questionários são feitos de maneira remota, e o indivíduo possui “acesso contínuo por telefone à equipe da pesquisa”.
No entanto, o estudo não cobrirá outros cuidados médicos ou medicamentos atualmente utilizados na rotina diária de saúde.
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