Janeiro Branco: saúde mental ou emocional? Qual a diferença?
Os conceitos foram mais discutidos após a pandemia da Covid-19. Como definir cada um deles? Profissional da psicologia oferece explicação sobre o temaJaneiro é considerado o mês de conscientização sobre saúde mental, tendo como destaque a cor branca. Nesse período, a sociedade é convidada a refletir sobre as questões que permeiam esse tema, como as peculiaridades entre saúde mental e saúde emocional. Você sabe qual é a diferença?
Janeiro branco: saúde mental x saúde emocional
Segundo o psicólogo clínico comportamental Luccas Bezerra Araújo, saúde emocional é ter a habilidade de olhar para o mundo interno e aprender a experienciá-lo com abertura e flexibilidade.
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O profissional detalha que a saúde emocional está relacionada à capacidade direta de um indivíduo de lidar e gerenciar as emoções e conteúdos internos (sensações corporais, pensamentos e outros conteúdos cognitivos) que surgem no dia a dia.
“Como aprendemos a notar, sentir, nomear, entender o que essas emoções nos comunicam sobre aquilo que estamos vivendo e experienciando no mundo fora da gente. Isso é saúde emocional”, afirma.
Já a saúde mental, segundo o psicólogo, é um conceito mais amplo e diverso, atrelado à manutenção do bem-estar emocional, social e cognitivo de cada indivíduo.
“Não se fala sobre ter ou não ter saúde mental ou um diagnóstico específico de transtorno psicológico, mas sim sobre manter um estado de equilíbrio e flexibilidade enquanto você experimenta o que há de bom e de adverso na vida”, comenta.
Janeiro Branco: conceitos após pandemia de Covid-19
O profissional comenta que os conceitos foram mais discutidos depois da pandemia da Covid-19, em que o mundo passou por um sofrimento coletivo, e isso permitiu que o próprio conceito de saúde geral fosse associado a uma natureza também subjetiva.
Segundo Luccas, a saúde mental de um indivíduo é influenciada também por variáveis sociais, econômicas, trabalhistas e, principalmente, políticas, além de variáveis de gênero, raça e sexualidade.
“Para manter uma saúde mental equilibrada, é imprescindível o direito à saúde, à alimentação, à moradia, ao lazer, à igualdade de direitos e à possibilidade de vida”, finaliza.
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