Janeiro Branco: saiba como funcionam os antidepressivos, tipos e mais

Antidepressivos: entenda os mecanismos, tipos e cuidados necessários no uso de antidepressivos para tratar transtornos psiquiátricos

Os antidepressivos são medicamentos amplamente utilizados no tratamento da depressão e de outros transtornos psiquiátricos, atuando diretamente nos sistemas de neurotransmissores do cérebro.

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Esses fármacos aumentam a disponibilidade de serotonina, norepinefrina e, em alguns casos, dopamina. Essas substâncias estão relacionadas à regulação do humor e das emoções.

Embora o mecanismo exato de ação ainda não seja completamente compreendido, acredita-se que o aumento desses neurotransmissores ajude a aliviar os sintomas depressivos.

No entanto, os efeitos benéficos costumam levar de 2 a 4 semanas para serem percebidos, conforme explica o psiquiatra Daniel Araujo Kramer de Mesquita.

“Esse intervalo se deve às mudanças adaptativas no cérebro, como a regulação de receptores e a neuroplasticidade, que levam tempo para ocorrer”, afirma o profissional.

Janeiro Branco: tipos de antidepressivos

Os antidepressivos são classificados em diferentes grupos, cada um com características específicas:

  • ISRS (Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina): incluem fluoxetina e sertralina, geralmente a primeira escolha devido à segurança e tolerabilidade.
  • IRSN (Inibidores da Recaptação de Serotonina e Norepinefrina): como a venlafaxina, indicados para casos que requerem ação sobre a norepinefrina além da serotonina.
  • ATC (Antidepressivos Tricíclicos): eficazes, mas com mais efeitos colaterais, como a amitriptilina.
  • Outros: Incluem os IMAO (Inibidores da Monoamina Oxidase) e antidepressivos atípicos.

“O ideal é que o médico escolha o medicamento com base no perfil do paciente, considerando comorbidades, interações medicamentosas e preferências.

Além disso, alguns antidepressivos também são eficazes no manejo de condições como ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo, dor crônica e insônia”, destaca o psiquiatra.

Janeiro Branco: cuidados no uso e possíveis efeitos colaterais

Mesquita ressalta que o uso de antidepressivos deve ser supervisionado por profissionais de saúde mental, uma vez que existem contraindicações e riscos, como a síndrome serotoninérgica e interações medicamentosas.

Os efeitos colaterais mais comuns incluem náusea, ganho de peso, disfunção sexual e alterações no sono.

“Quando os efeitos colaterais prejudicam a rotina do paciente, é possível ajustar a dosagem ou trocar o medicamento. Em alguns casos, terapias complementares podem ajudar a minimizar os impactos”, explica o especialista.

Outro ponto de atenção é a interrupção abrupta do tratamento. “A suspensão sem acompanhamento médico pode causar a síndrome de descontinuação, levando a tontura, irritabilidade e insônia. Além disso, há o risco de retorno dos sintomas depressivos”, alerta.

Janeiro Branco: qual é a duração dos tratamentos com antidepressivos?

O tratamento com antidepressivos para um episódio inicial de depressão geralmente dura de seis a 12 meses, mas pode ser prolongado em casos de depressão recorrente.

Segundo Daniel Mesquita, “o acompanhamento contínuo é essencial para garantir que o paciente responda bem ao tratamento e para ajustar a abordagem, se necessário”.

Por fim, o psiquiatra reforçou a importância de associar o uso de antidepressivos a intervenções psicossociais, como a psicoterapia.

“A combinação das duas estratégias aumenta as chances de recuperação e melhora a qualidade de vida do paciente”, conclui.

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